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HOT PEPERS, QUEM SE HABILITA? - Versão para Impressão

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- Martinez - 15-09-2007

Atropelador Escreveu:Clevison blz?
Já vou adiantando que não conheço nada de mecânica, pois se escrever alguma besteira já está aí uma boa explicação. É que olhando suas fotos, me ocorreu uma dúvida..... se você pegar uma chuva, a agua indo direto para o filtro não pode causar algum problema?

Abraços.... Wink

Hum... a cabeça fervilhou e não tive coragem de responder... vamos deixar pra ele... Big Grin Big Grin


- clevison - 15-09-2007

Atropelador escreveu:
Clevison blz?
Já vou adiantando que não conheço nada de mecânica, pois se escrever alguma besteira já está aí uma boa explicação. É que olhando suas fotos, me ocorreu uma dúvida..... se você pegar uma chuva, a agua indo direto para o filtro não pode causar algum problema?

Teoricamente sim mas da forma com que foram feitas as curvas eu acho que não (acho) quando cortei a embalagem do óleo, tomei cuidado para deixar a entrada do ar mais alta , teoricamente por gravidade a agua não tem forca para subir pelo duto ,

Repare nesta foto

[Imagem: 0011.jpg]

digamos que tivesse , pelo fato de ter usado uma mangueira sanfonada as gotículas de agua ficariam presas dentro da mangueira e por fim acabariam por se escoar anter de atingir o filtro de papel do ar , já que na entrada da caixa do ar a ponta da mangueira fica inclinada para baixo , escoando a agua antes do filtro

repare nesta foto como fica a entrada na caixa do filtro

[Imagem: 0009.jpg]


vale lembrar que na teoria é uma coisa na pratica é outra, já peguei bastante chuva e nunca tive nenhum problema , nem queda de desempenho, provavelmente se o projeto tivesse sido desenvolvido com mangueiras lisas , coletores maiores , sem tantas curvas e funcionando na pressão (sem escape de ar ) provavelmente eu teria problemas sim com a agua que insistiria em entrar junto com o ar , talvez alguém se habilite a desenvolver um projeto mais bem elaborado que sane todos esses problemas ...


- clevison - 15-09-2007

Martinez Escreveu:Hum... a cabeça fervilhou e não tive coragem de responder... vamos deixar pra ele... Big Grin Big Grin


Fervilhou tio, Logo vc que é o mestre das modificações e melhorias, não está querendo opinar sobre as minhas insanidades kkkkkkkk
Pára de modéstias e mostra aí pra gente as alterções bacanas que vc fez na sua moto , que eu aposto que quando se fala em Sahara, a sua é a que serve para muitos como referencia de algo a ser alcançado hehehe, pelo que vi sua moto é muito bacana e tem muitas melhorias que muitos gostariam de usar ...

No mínimo vc tem alguma receitinha de HOT PEPERS ai que a gente pode usar heheheh, manda pra nós.


- Atropelador - 15-09-2007

Então até que não falei uma besteira tão grande..... se fosse seguir o que dizia a reportagem (sobre usar canos lisos, e fazer o mínimo de curvas possível), acabaria tendo problemas, nesse caso, as curvas e a questão do cano não ser liso só ajudou.... legal. (É, para a agua chegar até o filtro acho que só jogando ela dentro da piscina Big Grin Big Grin Big Grin Big Grin )

Abraços.... Wink


- Hamilton - 15-09-2007

Martinez Escreveu:Hum... a cabeça fervilhou e não tive coragem de responder... vamos deixar pra ele... Big Grin Big Grin

CARACAS... ESSE CABEÇÃO FERVILHANDO PODE PREJUDICAR AINDA MAIS O AQUECIMENTO GLOBAL.......


- Martinez - 15-09-2007

Hamilton Escreveu:CARACAS... ESSE CABEÇÃO FERVILHANDO PODE PREJUDICAR AINDA MAIS O AQUECIMENTO GLOBAL.......

Tem o que fazer não? Big Grin Big Grin


Mas se o problema é água, como os caras das esportivas resolveram o problema na foto
ilustrativa que o Edu postou?


- clevison - 15-09-2007

DESCULPEM O TAMANHO DO TEXTO mas ele é o texto completo a respeito dos filtros de ar , não se esqueçam que é um texto criado para carros mas o conhecimento é muito bom e se aplica a qualquer motor que se utiliza de filtros de ar , eu só retirei a parte do texto que se refere a Sistemas de Admissão de Ar Frio ou CAI (Cold Air Intake): que já foi postada em mensagem anterior, abraços...

ADMISSÃO DE AR FRIO

Quando começaram a surgir os primeiros carros com injeção eletrônica, a maioria dos preparadores olhava para aquela caixa cheia de fios e chips, com um certo desdém. Enxergavam a novidade muito mais como um impedimento do que como um recurso para melhorar o desempenho de um motor.

Desde os primeiros Gol GTI, muita coisa mudou. Com a chegada dos importados, aos poucos a maioria dos preparadores foi se acostumando com a idéia de que injetados também podiam ter rendimento melhorado, e que o carburador, apesar de ser um velho conhecido, estava definitivamente passando o bastão para os cada vez mais sofisticados sistemas de injeção eletrônica.

Os carros mudaram, assim como a tecnologia e os equipamentos, mas os motivos que levam as pessoas a aumentar a performance de seus motores, continuam os mesmos. E nesse mundo moderno do plug and play, as alterações mais fáceis, rápidas e universais são a troca ou remapeamento do chip, e a troca da caixa de admissão original, por um sistema de alta performance baseado em um filtro de ar cônico ou cilíndrico de alta vazão.

São alterações periféricas, ou seja, não se mexe no motor propriamente dito, e mesmo assim, em conjunto, esses upgrades podem trazer um ganho de potência bastante razoável, principalmente em carros turbocomprimidos. Além disso, também são facilmente reversíveis, e muitas vezes podem até ser reaproveitados em outro veículo.

Praticidade, confiabilidade, possibilidade de revenda tornaram a instalação de chips remapeados e filtros de ar esportivos as modificações mais populares do momento.

PARA QUE SERVE UM FILTRO ESPORTIVO?

Vamos nos concentrar nos filtros esportivos, e nos sistemas de admissão de ar. Mas para isso, é preciso que compreendamos algumas particularidades dos próprios motores à combustão interna: Nesse tipo de motor, o principal fator limitador de potência, é a restrição à entrada do ar nos cilindros. Como todos sabem, o motor é impulsionado pela queima da mistura comburente/combustível, ou seja, ar/gasolina (ou ar/álcool, ar/metanol e assim por diante).

Motor equipado com filtro de ar esportivo.

Um fato interessante, é que a maioria dos sistemas de injeção eletrônica trabalha com uma margem de ?folga?, ou seja, eles têm a capacidade de fornecer proporcionalmente mais combustível do que a quantidade máxima de ar que o motor (original) consegue admitir. Daí, rapidamente pode se concluir, que se você conseguir fazer com que o motor admita uma quantidade um pouco maior de ar, a injeção dará conta do recado mantendo a mistura correta, e o motor atingirá mais potência e torque, sem a necessidade de um remapeamento no chip, ou qualquer outro tipo de preparação.

A maneira mais fácil de se conseguir isso, seria eliminar o filtro de ar. Em teoria, funciona muito bem, contudo entre a teoria e a prática, existe a realidade de cada caso. E em alguns deles, existem problemas, principalmente relacionados com a temperatura do ar admitido, com sensores do sistema de injeção e, sobretudo com a poeira, que não deve de maneira alguma ser admitida pelo motor, sob pena de sérios danos à sua conta bancária.

Mas em carros de rua, andar sem filtro de ar, causa uma infinidade de dores de cabeça. Em primeiro lugar, na maioria dos casos, não basta simplesmente retirar todo o sistema original, com caixa de ar e tudo, pois esses sistemas, muitas vezes são elaborados de modo a admitirem ar mais frio do que o do compartimento do motor, e eventualmente também são equipados com sensores, que se negligenciados, farão com que a injeção funcione de maneira incorreta, causando prejuízos ao rendimento.

Deixar todo o sistema de caixa de ar original, mas sem o elemento do filtro, seria uma idéia melhor, já que garantiria a captação de ar um pouco mais frio. Contudo, essa idéia também tem seus defeitos: As caixas de ar originais são projetadas com prioridades diferentes das nossas, que queremos tirar a última gota de rendimento que nosso equipamento pode nos proporcionar.

Quando os projetistas criam um sistema de filtro de ar para uma montadora, eles têm diferentes aspectos a observar, como: Fácil acesso para a manutenção do filtro de ar, sistemas de redução de emissões de poluentes, temperatura correta para a maior durabilidade do motor, redução do ruído do sistema, custo das peças de fabricação e reposição, risco de ?calço hidráulico? e assim por diante. A performance geralmente é relegada a segundo plano.

Além disso, sem o elemento do filtro, a restrição à entrada de ar diminui bastante, mas a proteção contra a entrada de partículas estranhas ao motor também. Rodar com um motor sem filtro de ar é equivalente a submeter às partes internas a um intenso jato de areia. A durabilidade é bastante comprometida, assim como a confiabilidade.

Em caso de carros turbocomprimidos, os rotores do compressor são os primeiros a sofrerem, já que são peças delicadas, e que se movimentam a rotações muito altas. Andar com carro turbinado sem filtro de ar é comprovadamente a maneira mais fácil de diminuir a vida útil da parte fria da turbina.

Em resumo, deixar a caixa de ar original, mas sem o elemento do filtro de ar, é mais eficiente do que simplesmente eliminar todo sistema, mas ainda assim, não é uma boa idéia, já que o sistema original é por vezes bastante restritivo, e você precisará lidar com as conseqüências da captação de poeira pelo seu motor, o que não é nada recomendável.

Uma outra solução ainda seria usar filtros de ar esportivos, mas que se encaixam no local original (filtros tipo painel, para reposição original). Eles têm a vantagem de não precisarem ser trocados, apenas lavados, o que representa economia na manutenção e em alguns casos, até podem melhorar um pouco o fluxo de ar. Contudo, em geral não proporciona grande aumento de rendimento, devido aos problemas relativos a caixa de ar original, já descritos anteriormente.

Agora que você já sabe que eliminar o filtro de ar do carro, mesmo que feito de uma maneira criteriosa, não é recomendável, é hora de partirmos para o que você pode fazer para melhorar seu motor, mas sem causar nenhum dano. O ideal é um novo sistema de admissão, que elimine a caixa e o filtro originais, trazendo melhor rendimento, mas sem perder a capacidade de filtragem.

(xxxxxxxxxxxxxx texto em mensagem ateriorxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx)

Filtros de ar:

Tão importante quanto o sistema de admissão, é o filtro de ar em si. Bons filtros de ar são aqueles que conseguem o melhor fluxo de ar aliado à melhor proteção ao motor. Como já foi colocado anteriormente, é fácil diminuir a restrição do sistema, simplesmente diminuindo (ou eliminando) a restrição do filtro de ar, mas isto é muito prejudicial ao motor. O valor verdadeiro de um bom filtro encontra-se justamente em ter de conciliar duas coisas tão opostas: Deixar passar a maior quantidade de ar possível, ao mesmo tempo em que segura a maior quantidade da poeira e partículas que tentam invadir o motor juntamente com esse mesmo ar.

Diferenças entre os filtros de ar original e filtros esportivos:

O filtro de papel (original) é o mais barato e mais comum, e também o menos eficiente. O princípio de funcionamento dele é bastante simples, e consiste em um tramado de fibras de papel bastante apertado e denso, de maneira que os espaços que restam abertos sejam menores do que as partículas que ele precisa filtrar, impedindo assim que elas atravessem o filtro, e cheguem ao motor. A filtragem ocorre somente na superfície do filtro.

Já o filtro de algodão é mais complexo. Ele é composto por algumas camadas de gaze (tramado de algodão) embebido em óleo, que ficam entre duas camadas de telas de alumínio. Dobras na gaze do algodão asseguram um aumento de 10-20% na área da superfície, para puxar mais ar para o motor. A gaze é feita de camadas sucessivamente mais finas para captar e segurar poeira e partículas úmidas tão pequenas como 0,50 mícron. É também um filtro mais eficiente, já que a maioria deles chega a 98% de filtragem de partículas prejudiciais ao motor, (contra cerca de 93% de alguns filtros de papel) e mesmo filtrando melhor, permitem um fluxo de ar muito mais livre. Outra vantagem, é que esse tipo de filtro, é lavável e se receber a manutenção adequada, deve durar mais do que o próprio carro.

Tipos de filtro:

Existem inúmeras opções de filtros esportivos no mercado. Cônicos, cilíndricos ou apenas para substituir o elemento original. É necessário saber escolher, para conseguir um bom resultado. As melhores marcas, disponibilizam informação sobre aplicações na Internet, e um bom revendedor também deve saber orientar seus clientes em relação a esse aspecto.

Como escolher:

Em relação ao formato: Quando você monta um filtro redondo convencional em cima de um motor, como, por exemplo, num carburador ou corpo de borboletas em pé, é sabido que um diâmetro maior aliado a um filtro baixo, vai ter um fluxo mais otimizado do que um filtro pequeno e alto. Quando o espaço permite, o ideal é que a altura do filtro seja equivalente a algo entre 20 a 25% do seu diâmetro.

Mas poucos carros ainda usam filtros do tipo ?panela?. A maioria dos carros injetados hoje em dia utiliza o sistema de caixa de ar, com um filtro tipo ?painel?, ou um filtro cônico ou cilíndrico, montado em um sistema tipo CAI. Nesse sistema, o formato se torna menos importante.

Então chegamos ao tamanho: Você pode procurar as tabelas de aplicação de filtros, que informam o modelo adequado para seu carro. Uma boa dica é em caso de dúvida, escolher sempre um filtro maior.

Apesar de um filtro maior do que o necessário não oferecer mais performance, ele tem a vantagem de garantir um intervalo de manutenção mais longo. Nunca use um filtro menor do que o recomendado, pois isso com certeza irá acarretar em perda de desempenho e maior consumo de combustível.

Filtros de má qualidade:

Aqui vai um alerta, para aqueles que procuram sempre economizar em tudo: O barato pode sair caro. Filtros de ar muito pequeno e que tem muito fluxo, devem ser motivo para desconfiança. Geralmente eles não têm boa capacidade de filtragem, e podem causar problemas. Existem também filtros que cumprem a função de filtragem, mas o fluxo de ar que consegue passar por eles é sofrível, o que causa perda de potência, e maior consumo de combustível.

Rendimento:

Todo esse trabalho para escolher o novo filtro, descobrir a medida ideal, projetar uma nova tubulação de ar, e ainda por cima pagar por tudo isso, só faz sentido, se o upgrade funcionar corretamente, e fornecer os cavalinhos extras.

Existem mitos sobre o funcionamento dos filtros esportivos, e muita gente acha que é só uma alteração ?cosmética?. Atribuem qualquer ganho ao ?fator psicológico?, e desestimulam muitos possíveis compradores.

Vamos aproveitar esse espaço, para restabelecer a realidade em relação ao assunto: Filtros esportivos podem ser testados num banco de fluxo, juntamente com novo sistema de admissão. Esses testes demonstram que os ganhos de fluxo em CFM (cubic feet per minute, ou seja, pés cúbicos por minuto) são brutais, o que garante no mínimo, que há menos restrição antes da entrada da admissão. Isso por si só, já seria uma grande coisa.

Ocorre, que sistemas tipo CAI, beneficiam-se não só do fluxo otimizado, mas também de admitir ar frio, o que aumenta em muito a potência do motor. Da mesma maneira que um intercooler resfria o ar aquecido pela turbina, um CAI pode captar ar fresco, que está muito grau mais frio que a temperatura do cofre.

Traduzindo para números, o ganho em geral é de cerca de 4 a 5% de potência, mas em alguns casos pode chegar a mais que isso. Existem sistemas, nos quais num motor de 200cv, os ganhos chegaram a mais de 20cv. Lembrando sempre, que não estamos falando em estimativas, e sim em testes realizados em dinamômetros de rolo.

Os ganhos irão depender de muitos fatores distintos, como nível de restrição do sistema anterior, local da tomada de ar frio, capacidade de fluxo do novo filtro e da nova tubulação, e até o nível de upgrades no motor do veículo em questão.

Filtros cônicos de alta vazão funcionam muito bem em conjunto com alterações no chip e escapamentos mais livres. O ganho proporcional costuma ser bem maior em carros onde há um conjunto de upgrades que se complementam.

Vale lembrar também, que carros com motores preparados, em 99% dos casos necessitam de mais fluxo de ar na admissão, que não pode ser suprido pelo filtro original. Carros equipados com turbo, comando de válvulas de maior abertura e levante, kits nitro, e cabeçotes preparados podem fazer melhor uso dos filtros de alta vazão, do que carros com motor original.

Filtros de ar de alta performance são uma boa compra. Bons filtros não são baratos, mas são duráveis e confiáveis. Sozinhos, não trazem grandes ganhos de potência, mas em conjunto com um sistema de admissão tipo CAI, e outros upgrades como chip e escape, pode-se melhorar bastante o rendimento de um motor. Para carros originais, é uma opção interessante, e para carros preparados, são obrigatórios.


- clevison - 15-09-2007

Caramba acho que exagerei no tamanho do texto , foi mal vou tentar diminuir o tamanho dos textos.

Acho que todas as dúvidas com relação a admissão de ar foram muito bem explicadas, sugiro abordarmos também uma idéia extremamente polêmica , dêem uma olhada nesse texto aí:

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.motoesporte.com.br/colaborador/bicombustivel%20marconi.htm">http://www.motoesporte.com.br/colaborad ... arconi.htm</a><!-- m -->

Acho esse interessante também a idéia veio lá de Piracicaba, Adivinha quem vai ser o primeiro a querer testar isso na sahara, hehehehehe

<!-- m --><a class="postlink" href="http://tribunadonorte.com.br/unoticia.php?id=52035">http://tribunadonorte.com.br/unoticia.php?id=52035</a><!-- m -->


- clevison - 15-09-2007

Equipe usa motos a álcool no Rally dos Sertões

Infinity Rally Team usa motos movidas a etanol na competição. Mas isso é possível no dia-a-dia?



30-08-07) - Motos movidas exclusivamente a etanol. Essa foi a proposta que a Infinity Rally Team adotou para participar da 15ª edição do Rally Internacional dos Sertões. Na visão da equipe, que utilizou motos KTM, é possível competir sem degradar o ambiente e, acima de tudo, sem perder rendimento ou competitividade. Como pano de fundo, a equipe quer incentivar os fabricantes a produzir motos ecologicamente corretas, já que a emissão de poluentes é infinitamente menor se comparada à de modelos a gasolina.

Sem grandes investimentos, a KTM 525 EXC de competição recebeu poucas modificações. Entre elas a substituição da agulha do carburador, troca dos giclês e das mangueiras de passagem do novo combustível, além do uso de vela “fria”. Mas o grande segredo está na entrada de ar no carburador, que teve de ser “canalizado”. Assim, o ar e o álcool chegam mais rápido ao carburador e a queima do combustível acontece de forma mais eficiente.

“Queremos mostrar para os fabricantes que motos movidas a etanol são perfeitamente viáveis e ecologicamente corretas, uma vez que o etanol é 98% menos poluente que a gasolina”, afirma o piloto Fabrício Bianchini, que encerrou sua participação no Sertões na 30ª posição. Em razão de uma queda, o competidor teve que substituir o motor de sua moto por um de 450cc e, por isso, perdeu posições. Pelas suas contas, chegaria entre os 20 primeiros.

Mas, na prática, como funciona o motor a álcool? “O propulsor trabalha mais frio. Nas longas especiais do rali, por exemplo, onde a potência é exigida ao extremo, o motor não esquenta. E isso é uma grande vantagem. A possibilidade de uma quebra é bastante reduzida”, conta o piloto da Infinity Rally. Com relação ao desempenho da moto, segundo Fabrício, a KTM respondia com igual ou melhor performance se comparada a outros modelos movidos a gasolina. “Em alguns trechos, a velocidade final de minha moto chegou a 150 km/h”, conta, orgulhoso, já que a utilização de combustíveis renováveis (álcool ou biodiesel) está na pauta internacional.

Quem se habilita a se pronunciar????

parece que um dos maiores problemas seria o desgaste do carburador , já houvi falar sobre niquelagem (acho ) será que dá , será que é viável , e um carburador de carro a álcool , será que é a maior besteira do mundo ,será, será ,será,,,

Não percam os próximos capítulos,heheheheh


- Jeff - 16-09-2007

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É.
Realmente muita letra para meu domingo, eh eh eh. Mas vamos lá.

Só para por ordem vou ser esquemático. Depois vocês desenvolvem, tá?

Você pode "aumentar" a potência do motor de duas formas:

1. Mecânica, ou;
2. Quimicamente.

2. Quimicamente, você vai mexer no combustível, (gasolina aditivada, nitro etc. e tal)

1. Mecanicamente tem 4 grandes áreas:
1.a. Diminuindo ao máximo os atritos dos componentes internos do motor (polimento, cromagem etc. e tal);
1.b. Melhorando o 'desempenho" do sistema de ignição (velas 'quente" ou 'frias", ponto eletrônico, etc. e tal);
1.c. Aumentando a compressão e/ou a capacidade (rebaixamento do contra pistão, troca por kit de mais cilindrada, etc. e tal)
1.d. Melhorando o desempenho da alimentação (turbina, intercooler, blower, superalimentação etc e tal). Aqui é que noistamouaisô.

Você melhora o desempenho da alimentação fornecendo mais e melhor mistura ar-combustível.
Como?
Existe uma palavrinha horrorosa mas, como é domingo la vai, "estequiometria" que estuda a mistura de 2 elementos químicos, ou coisa parecida. Se alguém quiser mais detalhes procure o saharamaníaco Avogrado que é cobrão nessa coisa de química.

Bem é a tal da estequiometria que vai orientar todo o trabalho. E bota trabalho nisso.

O carburador promove (ou deveria promover!) a mistura entre o combustível e o ar atmosférico, mantendo a estequiometria ideal para todos os momentos de utilização, regimes de rotação e carga. Sua função básica é evaporar o combustível, misturando-o com o ar atmosférico.

Por tratar-se de dispositivo mecânico, possuí inúmeros agregados para permitir as diversas variações na utilização de uma moto ou seja partes responsáveis pela partida a frio, aquecimento do motor, aquecimento do combustível, marcha lenta, aceleração gradual, aceleração repentina e desaceleração, tudo isso mecanicamente, o que é coisa de doido!

Disso o que se tira?

Duas perguntas:

Primeira: Será que se consegue aumento significativo com todas aquelas alterações acima? Porque só a com a 1.d. não se consegue comprovadamente.

Segunda: Injetar a Sahara não seria mais inteligente? A que custo?

Dai o Senhor disse "Faça-se a injeção eletrônica". E fez-se a injeção eletrônica. E viu Deus que era boa.

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