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PROCON Funciona?
#1
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Se você teve alguma experiência com este órgão que, sempre é esperança mas nem sempre solução eficaz, divida com a gente aqui. Não só o PROCON, mas o fornecedor também, claro.

Sabemos o quão desprovido de recursos está o consumidor brasileiro diante da imposição de poderosas empresas. Todos temos histórias de prejuízo, às vezes graves, com planos de saúde, escolas particulares, operadoras de telefonia, cartões de crédito, empresas aéreas, órgão do governo e muitas mais.

Para nós motociclistas, claro, se destacam os onipotentes fabricantes cujo autoritarismo começa no fatiamento cartelizado explícito do mercado definindo o que eles permitem que consumamos neste aquário estanque chamado Brasil. Onde pescam à vontade protegidos por legislação maliciosa que nos mantém isolados do mercado internacional.

Além disso estamos presos, por artifícios de projeto, peças, ferramentaria e operações à sua rede espoliadora de assistência técnica, onde peças e serviços acumulam-se ao custo inicial e operacional da moto. Qual o preço de retrovisor da XT?

Além disso tudo, como se não fosse suficiente, ainda um excesso de falhas de fabricação. Principalmente num produto crítico, onde não pode haver falha como na aviação. Uma pane num carro, na maioria das vezes, apenas se traduz em certo desconforto ou susto. Numa moto poucas panes mecânicas não levam à tragédia.


Procurei um tópico a respeito e não encontrei. Espero que este tenha utilidade e progrida. Pois se é muito gostoso ler a respeito de narrativas de viagens e passeios, as narrativas daqui podem salvar vidas.


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#2
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Começo com este interessante e esclarecedor texto de Arthur Caldeira da Agência INFOMOTO

28/03/2010 - 13:45:00 -

<!-- m --><a class="postlink" href="http://www.motobusiness.com.br/noticias/detalhes.asp?id=806&tipo=5">http://www.motobusiness.com.br/noticias ... 806&tipo=5</a><!-- m -->



"Produto com defeito ou dano
é principal reclamação do motociclista-consumidor no PROCON-SP



Cadastro de reclamações fundamentadas em 2009 registra 66 ocorrências com as cinco maiores fábricas de motos do Brasil na cidade de São Paulo
Em 15 de março de 1962, o então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, enumerou quatro direitos básicos do consumidor. A data entrou para a história como o Dia Internacional dos Direitos do Consumidor. No Brasil, este ano também marca os 20 anos do Código de Defesa do Consumidor, sancionado pelo Presidente da República em 11 de setembro de 1990. O Código foi um avanço na proteção ao consumidor e criou diversos dispositivos para que os cidadãos lutem por seus direitos.
Como todo consumidor o motociclista também tem seus direitos na hora de comprar uma motocicleta ou de contratar os serviços prestados por concessionárias e comerciantes do setor. Porém nem sempre esses direitos são respeitados.

As cinco maiores fábricas de motocicletas do Brasil em número de vendas aparecem no Cadastro de Reclamações Fundamentadas, elaborado pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (PROCON-SP), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. A lista contém apenas reclamações fundamentadas, ou seja, demandas de consumidores que não foram solucionadas, sendo necessária a abertura de processo administrativo para serem trabalhadas pelo órgão junto aos fornecedores. O cadastro abrange apenas as reclamações dos consumidores da cidade de São Paulo.

Entrega de produto com defeito/dano

Honda, Yamaha, Suzuki, Dafra e Sundown – as líderes de vendas, segundo dados de emplacamento - somam 66 reclamações fundamentadas no ano passado, de acordo com o PROCON-SP. Desse total, a maioria (39 reclamações) era relacionada a produto entregue com danos ou defeitos. O restante envolvia a garantia, ou seja, abrangência, cobertura e validade da garantia do produto.

A Dafra Motos, quarta maior em vendas, é a campeã de reclamações na fundação paulistana com 38 reclamações, das quais 27 são referentes ao produto entregue com dano ou defeito. Segundo o PROCON-SP, somente cinco reclamações foram atendidas pela Dafra, ou seja, nesses casos o imbróglio entre empresa e consumidor teve um “final feliz”. As outras 33 não foram atendidas e o consumidor foi orientado a buscar seus direitos na esfera jurídica.

Diretor de Pós-Vendas da Dafra, Oduvaldo Cardoso Filho afirma que a fábrica tem trabalhado para aprimorar a entrega de motocicletas em perfeito estado. “Fizemos convênios com o SENAI para treinar os mecânicos das concessionárias, além de implantar o ‘Certificado de Entrega Técnica’ desde o ano passado”, diz ele.
Segundo Cardoso Filho, esse certificado exige que o técnico verifique diversos itens antes de entregar a moto e colha a assinatura do consumidor para garantir que todas as verificações foram feitas antes de ele sair com o veículo da concessionária. “A melhoria de nossos produtos é uma preocupação da Dafra. Nossas parcerias internacionais buscam aprimorar não apenas nossos produtos, mas também todos os processos”, conclui o diretor da Dafra.

Logo após a Dafra aparece a Sundown com 11 reclamações fundamentadas, das quais cinco foram atendidas.

Em terceiro lugar estão empatadas Honda e Yamaha com seis reclamações cada. Ambas atenderam apenas uma das reclamações de seus consumidores. A J.Toledo/Suzuki fica em quinto lugar com cinco reclamações, mas também apenas uma atendida.

Para Marcelo Langrafe, Gerente de Serviços de Pós-Venda da Moto Honda, a marca líder de mercado tem investido em pesquisas de satisfação com os clientes atendidos em sua rede autorizada para aprimorar sua prestação de serviços. “Os resultados demonstram uma contínua e sustentanda evolução da qualidade dos atendimentos. Em 2009, por exemplo, entrevistamos aproximadamente 25.000 clientes por telefone e pessoalmente que realizaram algum serviço em nossa rede. Além disso, criamos um site de pós-venda de motocicletas. O número de acessos vem crescendo mês a mês”, afirma o gerente da Honda, dizendo que a partir do segundo semestre, a montadora criará ações de relacionamento através do seu endereço virtual. “Ou seja, o site ganhará muita interatividade com o motociclista”, conclui.
Já na Yamaha, o foco está na implantação de outros canais on line de atendimento com o consumidor, entre eles, o chat e SMS. Além da modernização do Web Atendimento e aprimoramento constante dos operadores.




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#3
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"Garanta seus direitos

Para Valéria Cunha, assistente de direção do PROCON-SP, mais importante que o número de reclamações fundamentadas é a quantidade de demandas atendidas. “Quando o consumidor chega ao PROCON, enviamos uma carta ao fornecedor, que tem dez dias para resolver o problema. Caso isso não aconteça é aberto um processo administrativo que origina essas reclamações fundamentadas”, explica.

Segundo Cunha, boa parte dos problemas é resolvida nessa primeira fase. “Para saber se a empresa tem um bom relacionamento com o cliente, é fundamental verificar se as reclamações foram atendidas”, completa.

A principal reclamação dos motociclistas consumidores paulistanos foi em relação ao produto com dano ou defeito. Isto significa que, por algum motivo, a motocicleta teve um defeito que poderia comprometer a segurança do consumidor; ou apresentou algum vício, ou seja, um mau funcionamento. Valéria Cunha do PROCON-SP explica que todo e qualquer bem adquirido de fornecedor tem garantia legal de 90 dias. “Essa garantia não necessita de nenhum certificado ou contrato por escrito. Já está prevista na lei. Isso vale até mesmo para motos usadas adquiridas em algum fornecedor”, afirma. Porém Cunha adverte que isso não vale para motos compradas de particulares, pois perante a lei não são fornecedores.

“A garantia contratual que as fábricas oferecem são complementares à garantia legal”, explica. Em relação à garantia contratual, o consumidor deve ficar atento às exigências do contrato. “Por exemplo, se a fábrica exige revisões periódicas em concessionárias, o consumidor deve atender essas exigências para ter direito à garantia contratual”, avisa.

Para evitar problemas com defeitos ou danos do produto, Valéria Cunha orienta os consumidores a fazerem uma verificação na motocicleta. “Antes mesmo de sair da concessionária, o consumidor deve verificar a pintura e a aparência, além do funcionamento dos freios, das luzes, da embreagem, do acelerador etc. Em caso de algum problema não deve nem retirar o veículo da concessionária”, diz.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o consumidor tem o direito de exigir a substituição dos componentes com defeitos ou vícios. O fornecedor tem, a partir dessa data, 30 dias para solucionar o problema. “Esse prazo gera frustração, pois o consumidor muitas vezes precisa da moto para trabalhar ou se locomover. Mas está previsto na lei”, avisa.

Caso isso na ocorra, o consumidor pode exigir a troca do produto por outro da mesma espécie; ou a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem nenhum prejuízo; ou ainda o abatimento proporcional do preço.
“Por isso em caso de alguma manutenção que venha a ser feita para reparar dano, defeito ou vício verificado no veículo, o consumidor pode exigir uma ordem de serviço e deve guardar uma cópia para si. Pois em caso de reincidência de problema ele terá como comprovar e exigir seus direitos”, orienta a assistente de direção do PROCON-SP.

Para finalizar Valéria Cunha diz que o órgão fica atento a problemas e demandas muito freqüentes em um mesmo modelo de motocicleta. “Monitoramos as ocorrências para constatar casos em que o vício ou defeito é recorrente para verificarmos se o problema não pode gerar um recall do veículo”, completa. "


Texto: Arthur Caldeira / Agência INFOMOTO
Fotos: Divulgação


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#4
Trabalhei cerca de 2 anos como Fiscal do PROCON e posso dizer que funciona sim!

É claro que é necessário que o consumidor tenha o direito, para poder reclamar.
Negócios mal feitos não podem ser amparados pelo Código de Defesa do Consumidor.

Mas..... como ando tão atarefado com essa história do 5º niver, vou deixar para postar algumas experiências após a festa...!
Me lembre disto, por favor! Big Grin

Piske
Mobilete 50cc 83 > Monareta S50 85 > Honda XL 125cc 87 > Sahara 91 > Hyosung Cruise II 125cc 98 > Sahara 97 > Sundown Web 100cc 2003 > Yamaha Virago 250cc 97 > Biz 100cc 2002 > XT660 2006 > Sahara 1999
XMax 250 2021; Biz 100 2004
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#5
Estava (talvez ainda estou) com um problema com carro, um novogol, que desde que comprei só apresentou problemas, fui 12 vezes a concessionária em 9 meses, e agora, na última vez, não aguentava mais, e resolvi fazer uma reclamação maior. Primeiramente fiz uma reclmação diretamente na volks do brasil, onde não obtive resposta, passado uma semana, resolvi fazer algo maior ainda, consegui com alguns contatos o e-mail da presidencia da volks do brasil, da presidencia mundial, do presidente na alemanha, e diversos gerentes pelo mundo todo, que podiam pressionar a volks do brasil, enviei e-mail relatando todos os problemas que vinham ocorrendo, tanto para os e-mails dos cabeças da volks, como para todos os veiculos de comunicação (Folha de São Paulo, Estadão, Web motors, Car sale, entre outros diversos) que consegui os contato. Incrivelmente, recebi cópia de resposta de todos os cabeças da volks, para os responsáveis do pós venda e oficina no Brasil, exigindo que meu caso fosse solucionado, e que me colocassem à disposição carro reserva equivalente ou superior ao meu carro. Recebi também resposta de alguns veiculos de comunicação, pedindo que a concessionária passasse a réplica da reclamação e o que seria feito a respeito. O carro ficou 17 dias na concessionária, sem que eu tivesse qualquer prejuizo, e estou com ele há 16 dias, aparentemente resolveram o problema, mas ainda estou testando para ver se não apresenta mais nenhum defeito, e se apresentar, a diretoria do brasil pediu para que retratasse diretamente a eles, para que tomem as devidas providências, inclusive minha garantia foi extendida ao prazo original da fábrica, com data de vigência a partir da data que retirei o veículo da concessionária.
Por isso acredito que no Brasil tudo funcione na pressão, e só assim resolvem nosso problema.
O Procon é um grande aliado nessa "pressão", e por exemplo no meu caso, se apresentar defeito, e a diretoria da volks não solucionar adequadamente, o passo principal será recorrer ao procon.
O importante é que tenhamos as ferramentas em mãos, exija relatórios de tudo, e arquive, para que seja usado como arugmento e instrumento de defesa para o consumidor.
[Imagem: Assinatura6niver.gif]

William SS - XLX350R - Motor de Sahara
Só deixaria de andar de moto se ganhasse asas pra voar.
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#6
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Por outro lado, é perigoso usar peças críticas do "paralelo".

Veja o resultado de usar uma xing-ling "paralelo" com tintas tóxicas, no lugar das "legítimas que não tem cheiro e nem soltam as tiras"...


[Imagem: havaianas.jpg]



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#7
Procon funciona em 70% dos casos. Só não funciona mais porque é uma instância administrativa e não judicial, então não tem poder de coerção sobre as empresas..

Os restantes 30% temos de mandar para o judiciário (Normalmente o pequenas causas.)
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#8
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Se Procon funciona ou não, sempre será assunto de debate. Mas pergunta hoje é:




VOCÊ FUNCIONA?


Quantas vezes você pensou em protestar e balançou a cabeça pensando, não vale a pena?
Quantas vezes você pensou em processar e balançou a cabeça pensando, não vale a pena?
Quantas vezes você pensou em ligar e balançou a cabeça pensando, não vale a pena?
Quantas vezes você pensou em denunciar e balançou a cabeça pensando, não vale a pena?
Quantas vezes você pensou em fazer tanta coisa e balançou a cabeça pensando, não vale a pena?

Sabe o nome desse comportamento?

OMISSÃO


A omissão do cidadão de bem é a maior fonte de corrupção, violência, malversação e ignorância perpetuada da população.


VALE A PENA SIM, AFINAL TUDO O QUE SE CONSEGUIU ATÉ AQUI
É PORQUE ALGUÉM SE IMPORTOU...


Abaixo uma dessas oportunidades de não balançar a cabeça. De agir.

"Faça parte deste movimento

Venha fazer parte de um movimento para acabar com a corrupção que já conquistou o Brasil!

Vamos continuar divulgando e disseminando esta campanha - ainda falta passar a Ficha Limpa pelo Senado e conseguir a sanção presidencial. Peça para os seus amigos participarem também - assine a petição da Ficha Limpa no link abaixo:

Vote A Favor da Ficha Limpa

Obrigado!
"




A Omissão é a mãe da Impunidade!




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#9
ciberdek Escreveu:Procon funciona em 70% dos casos. Só não funciona mais porque é uma instância administrativa e não judicial, então não tem poder de coerção sobre as empresas..

Os restantes 30% temos de mandar para o judiciário (Normalmente o pequenas causas.)

A maioria dos problemas que tive consegui resolver diretamente com o fabricante ou fornecedor. Guarde sempre a documentação :pedidos de compra, notas fiscais, certificados de garantia, manuais. Além disso, ao entrar em contato com o fabricante/fornecedor, procure ser o mais educado e paciente possível.
Também houve casos em que foi necessário contato com as agências reguladoras. Por intermédio delas também consegui resolver outros problemas.
Quem não conhece vale visitar o sítio da PRO TESTE http://www.proteste.org.br.

Felipe.
[Imagem: 5736907.jpg?album=34987]
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#10
EU SEI DIZER PORQUE O PROCON NÃO FUNCIONA!


É....







PORQUE....







O PISKE...





NÃO TRABALHA...






MAIS LÁ... Big Grin Big Grin Big Grin
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