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Viagem ao Nordeste (Novembro/2007)
#1
O INÍCIO DE TUDO

Sou motociclista há mais de trinta anos. Mas, mesmo antes de possuir moto, já sonhava com as longas viagens, embalado pelos relatos publicados na revista Duas Rodas, que costumava comprar.
Como todos, acredito, comecei pelas 125 cc. E fui colecionando motos e os sonhos de um dia tomar coragem e ter tempo ($) para realizar uma “grande viagem”.
Fiz uma tentativa em 2002 e outra em 2004, sem sucesso, em ambas retornando ao RJ, da altura de Porto Seguro (o nome era bem sugestivo, dada as condições da estrada Confusedhock: )
Dessa vez estava determinado, iria até o fim, de qualquer jeito. O destino seria a cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, distante cerca de 2.700 km de minha casa.

SAHARA X FALCON

Como expliquei em outro tópico, a intenção seria viajar com a Sahara, ano 99. Precisaria apenas “providenciar” alguns itens, como protetores de alforjes, de motor, reforçar o bagageiro, dar uma revisão no motor, limpando carburador, regulando válvulas, trocando filtro de ar, e algumas coisinhas daqui e dali. Preferi começar pela limpeza do carburador e regulagem das válvulas – a moto voltou pior do que antes. Esbarrei com uma série de dificuldades, difíceis de serem solucionadas, porque não dependiam de mim, diretamente. Foi assim que resolvi viajar com a Falcon, com apenas 116 km rodados. O amaciamento do motor seria feito na estrada, algo não recomendado, por manter velocidades constantes durante longos períodos de tempo. Isso seria resolvido aproveitando os momentos de maior fluxo de carros e caminhões, pra dar aquela reduzida, aumentando a rotação e diminuindo a velocidade, ajudando na acomodação das peças do motor.
Bem, resolvido o problema da moto, a falcon foi equipada com um bagageiro com protetores de alforjes, da Roncar, protetor de motor, estilo francês, paralelo, caixa de ferramentas (tubo de PVC, de 75 mm), pedaleira avançada (cano de ½ com uma barra de 3/8 e manoplas de bicicleta – mais baratas), bolha da motovisor e finalmente uma trava de acelerador (feita com um pedaço de fio de telefone, que o técnico havia acabado de trocar).
A moto ficou com essa cara aí, óóó...

[Imagem: VIAGEMNE001.jpg]

O DESTINO

A cidade de Parnamirim foi escolhida, aproveitando a “desculpa” do aniversário de 15 anos de minha sobrinha, filha da irmã da Jana, cujo marido foi transferido praquelas bandas. Afinal, de Parná até Natal são apenas 15/16 kms aproximadamente. Aí estaria tudo em casa.


A PARTIDA

A ideia inicial seria começar a viagem no domingo, 11/11 e pernoitar nas áreas de camping do CCB. Em primeiro lugar no Estado do Espírito Santo, na praia de Setiba, próxima de Guarapari, ou em Aracruz a meio caminho de Linhares, depois de Vitória. Para isso tratei de comprar uma “barraquinha” de 5/6 pessoas, com 2,40 x 2,40 x 1,40 m, afinal sou alto e ocupo muito espaço. :oops: Quase precisei levar um reboque. :oops:
Mas, com o mau tempo que assolava a região sudeste, o domingo amanheceu embaixo de um “pé-d´água” danado. Isso continuou até 3ª feira.
Na 4ª feira, com o tempo ainda nublado, parti às 05:10h. Não era o medo da chuva que incomodava, mas sim os buracos que encontraria sob o espelho da água, no asfalto.
Já na Ponte Rio-Niterói presenciei o primeiro acidente, uma batida violenta, às 05:50 da matina, vai encarar? Não registrei porque não era esse o espírito da viagem.

ESTRÉIA DA BARRACA

Com a perda dos 3 dias, prejudicados pela chuva, precisaria sacrificar o itinerário. Optei então por uma viagem com menos paradas. A primeira delas seria em Conceição da Barra, próximo de Itaúnas, onde cheguei já ao entardecer, mantendo um ritmo entre 90 e 100 km/h. Saí da BR 101, por cerca de 20 km, em direção ao litoral, em busca do camping. Pra minha surpresa, a área estava com um bruta cadeado, :x com sinais visíveis de abandono. Imaginem que cheguei à localização através do site, que pelo visto não é atualizado. Começava aí a ruir a idéia de buscar os campings. A partir de então, o meu percurso não estaria mais condicionado à presença de campings. Não consegui estrear a barraca, que seguiu fechada até o destino final.
Agora teria que retornar outros 20 km, até a BR, em busca da próxima cidade pra pernoitar. Acabei atravessando a fronteira da Bahia, e pernoitando em uma pousada em Itabatã (Rapaz, como a Bahia tem cidade começando com Ita!!!). Isso porque na cidade anterior, S. Mateus, o atendente da Rede Flexa havia pedido 60,00 pelo pernoite. Doido! :evil:
Com isso rodei cerca de 1.050 km no primeiro dia de viagem. Mesmo com essa quilometragem, garanto que foi muito prazeroso estar a fugir cada vez mais do RJ, ou do emprego, ou da JANA e das crianças... :roll:

MOTOS – PAIXÃO QUE ROMPE FRONTEIRAS

O responsável pela pousada, meu xará, por coincidência amante de motos Big Grin , possui uma DT 180, pra fazer trilha e uma Titan pro dia-a-dia. Isso facilitou nossas conversas, claro, sobre motos. Aproveitei pra deixar adesivos e fazer uma propagandinha dos SM.

[Imagem: Natal2007.jpg]

Enquanto tirava essa foto no automático, um sujeito, bastante humilde, olhava atônito pro resultado da fotografia: - Ué... Ela bate sozinha??? É mole? Claro, que me conhecendo bem, não perderia a deixa: - É... Tem um anãozinho aí dentro. :twisted:

REVISÃO DOS 1.000

No segundo dia de viagem, na 5ª feira, como a moto estava com quase 1.300 km rodados, precisava fazer a revisão dos 1.000 km. Parti pra Teixeira de Freitas, procurando a concessionária local. No trajeto, em conseqüência de um buraco, em um ponto difícil de desviar, deparei com três carros agrupados, trocando os pneus. Por sorte, com a moto é mais fácil evitar, desde que não haja veículo na frente, pra atrapalhar a visão. Consegui chegar antes das 8 da manhã. Fiquei aguardando até cerca das 9 horas. E nada da droga da loja abrir. Sinceramente fiquei meio deslocado, sem saber o que fazer. Então me veio a brilhante idéia de fazer uma perguntinha básica a um transeunte: - Que dia é hoje? – 15 de novembro, respondeu. Matei a charada, ERA FERIADO! Aí fedeu... Se continuasse a viagem poderia perder a garantia. Mas ficar ali, por mais um dia... Nem pensar! Perco a garantia, mas vou em frente.
Depois da maravilhosa “perda de tempo” segui viagem. Na verdade, esses imprevistos só fazem dar mais graça à viagem, que fica ainda mais ao meu estilo – sem muito planejamento. Só tenho em mente a direção, o resto fica por conta do acaso e do meu conhecimento do percurso. Levei o Guia 4 Rodas e outros indicadores, porém, não me lembro de tê-los consultado uma vez sequer.
E vamos em frente que atrás vem gente... Big Grin

Pensei em dar um role em Porto Seguro e ficar no camping mais próximo, mas, com o feriado prolongado, os acessos aos pontos turísticos estavam um inferno de carros. Imaginei então o local em si. Seguramente não era isso que procurava. Segui em frente.

Ponte sobre o rio Jequitinhonha – 511 m
[Imagem: Natal20072.jpg]

Passei por Eunápolis e após uns 40 km, já em Itagimirim, parei num posto da Rede Flexa pra abastecer e dar uma esticadinha no esqueleto. Foi aí um dos momentos mais chatos da viagem. O frentista descuidou-se e me deu um banho de gasolina. Não preciso dizer o resultado. Saí correndo, mesmo, pra baixo do chuveiro, já com a mão cheia de detergente, sem tirar a jaqueta, nem outra peça qualquer do vestuário. Foi só encolher a barriga e abrir a ducha e “chaco, chaco...” (som da lavagem Sad )

Nesse instante a roupa estava toda molhada. Pena que a câmera não entendeu... Confusedhock:

[Imagem: Natal20071.jpg]

Depois de restabelecida a “normalidade”, de volta à estrada. E toma acelerador...

CAFÉ COM AÇAÍ

Alguém já pensou em café com açaí? Então sirva-se!

[Imagem: Natal20073.jpg]

Ao final do dia cheguei a Santo Antônio de Jesus (esse nome precisei ver no mapa Tongue ). Ali consegui hospedagem na Pensão da Tia Helena, por 25,00, com direito a café da manhã – bastante farto, por sinal.

REVISÃO DOS 1.000 AOS 1.800 KMS RODADOS

Já na 6ª feira, saindo da cidade, pela manhã, depois de uns 12 km parei pra abastecer e colocar a roupa de chuva, já que começava a pingar. Pensava em tentar a revisão dos 1.000 km na cidade de Feira de Santana, uns 113 km adiante, já estando com cerca de 1.800 km rodados. Resolvi então perguntar ao dono de uma lojinha no posto, qual a concessionária mais próxima. A resposta me fulminou: - O senhor (irc!) passou por uma lá atrás, a uns 12 km. Justamente de onde saíra. Confusedhock:
Retornei à cidade de Santo Antônio de Jesus, em busca da Honda local. Vixiii... Embora ainda não fossem 8 horas e a loja estivesse fechada, havia um portão do tipo garagem aberto, com mais de 15 pessoas esperando atendimento. Que quadro! Eu estava com a quilometragem super estourada e ali com toda aquela gente. Certamente perderia a manhã toda.

[Imagem: Natal20074.jpg]

Chamei o chefe de oficina e levei aquele “lero”, típico carioca: - Amigo, sabe como é... Tô viajando, e como peguei um feriado, estourei a quilometragem. Tenho que chegar ainda hoje em Aracaju. Se eu ficar aqui, não vou conseguir, e aí f... Caso você não possa atender à revisão dos 1.000, me indica uma oficina pra trocar o óleo (termo perigoso esse Confusedhock: ) e substituir o filtro. Resultado: Fez a revisão e canetou 1.080 km. Bem, só trocou o zero de lugar, né? :roll:
Meti o pé. Melhor, enrolei o cabo.

Hidrelétrica da pedra do cavalo, cerca de 40 km de Feira
[Imagem: Natal20075.jpg]

Atravessei Feira de Santana, Alagoinha e entrei em Sergipe, por volta da 16 horas. Pouco antes de chegar a Sergipe, entre Alagoinhas e Esplanada, ao abastecer soube do encontro que estava se realizando em Aracaju, na praia de Atalaia. O dono do posto acabara de compra uma HD, no salão de Sampa. Aproveitei pra colocar um adesivo na vitrine de uma das lojas do posto. Wink
O evento estava acontecendo, desde o dia anterior (5ª feira) e iria até domingo. Seria uma boa oportunidade pra fazer os SM mais conhecidos. Parti pra Atalaia.
Cheguei à praia de Atalaia, quase ao entardecer. Como toda Aracaju, o que não faltava era praça. E tudo muito bem arrumado, diga-se de passagem.

O ENCONTRO

Quando entrei na área do encontro pude constatar a grandiosidade do evento, que só “esquentava após 22 horas.

Área do encontro – muito grande
[Imagem: Natal20076.jpg]

Acabei sem saber quem patrocinou o encontro. Tinha muitas bandeiras. Talvez fosse Aracaju Moto Fest – tá de bom tamanho Big Grin
[Imagem: Natal-Nov0714.jpg]

Fiquei por ali fazendo hora, mas nada... O cansaço tomava conta do corpo, tornando aquelas horas ali, em pé, um verdadeiro dilema, com as botas apertando os pés. Assim acabava o prazer e começava o sofrimento – hora de bater em retirada. Nem o pessoal da Administração havia chegado pra instalar o computador e fazer o registros dos visitantes. Com isso, a intenção de trazer o troféu foi pro brejo. Não faz mal, trouxe as fotos. Smile
O companheiro da extrema direita, camiseta branca, Paulo Barros, tornou-se motociclista por força da profissão, produz adesivos, bótons, etc. (o cartão dele está no final do relato). Já o de bandana, ao meu lado, o Mário, já é bem conhecido pelos estados. Pertence ao MC Aranhas do Asfalto, facção Camaçari (BA). Tem uma Falcon igual a minha, só que viaja sempre com uma galinha de plástico Big Grin Big Grin Big Grin . O senhor com colete, segurando uma máquina "... entre nós estava o Sr. Valton, um dos motociclistas de maior tempo de habilitação da Bahia" - texto do e-mail enviado pelo Paulo, ao lado do Sr. Valton
[Imagem: Natal20077.jpg]
Em tempo: o Mário, de bandana, é presidente dos Aranhas, facção Camaçari e um dos diretores da AMO-BA. Que furo... :oops:

[Imagem: Natal20078.jpg]

Parece que essa coisa louca é mania nacional
[Imagem: Natal20079.jpg]

Atrás da praça do evento, na praia, pode-se notar o avanço do mar
[Imagem: Natal200710.jpg]

Outra coisa que observei foi o cuidado com a arquitetura. Acho que isso é uma boite ou restaurante... Só não é igreja, com certeza Big Grin
[Imagem: Natal200711.jpg]

Tanto a edificação anterior, quanto essa praça estão ao lado da praça do evento
[Imagem: Natal200712.jpg]

Lá pras 22 horas resolvi procurar uma pousada no centro de Aracaju, porque por ali a coisa estava muito cara. O camping, nem pensar, estava abarrotado. Então, chegando ao Centro, tudo aquilo denominado de “Pousada” era na verdade um Metel (gostaram do termo?). E não tinha área pra deixar a moto, que teria que ficar pela rua – imagina... Acabei voltando a Atalaia e pagando 40,00 pra dormir (com café da manhã, lógico). E ainda parecia que o cara tava me fazendo um p. favor: - O senhor tem que sair até 6 horas, pra entrar outro grupo. Conclusão: Fui dormir próximo de 1 da matina, pra acordar 05:50h, e em dez minutos sair do quarto. Só que o meu celular despertou pela hora do sistema da cidade de origem, RJ, como no NE não tem horário de verão, acabei despertando 04:50 e deixei o quarto às 5, precisamente. Quando saí o cara falou: - Ué... Já levantou? Ainda são 5 horas. Não adiantava voltar ao quarto pra ficar por mais uma hora. Ingeri o café e em 15 minutos caí fora.

Assim começava o meu sábado, com algumas fotos de Aracaju, antes de retornar à BR101.

As duas fotos abaixo ao amanhecer
[Imagem: Natal200713.jpg]

[Imagem: Natal200714.jpg]

Agora próximo do centro de Aracaju, o Rio Sergipe. Ao fundo pode-se ver a Ponte Construtor João Alves (alguém lembra desse santo nome?), que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros
[Imagem: Natal200715.jpg]

A mesma ponte, com a ajuda do Google :roll:
[Imagem: foto-ponte-aracaju-barra.jpg]

Essa é pra mostrar pro Fábio Bastos, que não me esqueci dele Big Grin Big Grin
[Imagem: Natal200716.jpg]

Na noite anterior, enquanto penava tentando localizar uma “pousada”, um caminhoneiro sugeriu-me que pegasse o caminho para Neópolis e lá atravessasse o Rio S. Fco. de balsa. O viagem é muito mais bonita. Aí é só pegar Penedo e ir pela “orla” até a Barra de S. Miguel, em direção a Maceió.
Bem, a saída de Aracaju para a BR é um pouco confusa, devido ao fluxo de caminhões. E seguindo a orientação do caminhoneiro, NÃO VI PLACA NENHUMA e acabei passando muito da entrada de Neópolis.

Riqueza de Sergipe
[Imagem: Natal200717.jpg]

Como não localizei a tal placa, acabei seguindo pela BR101, até atravessar para o estado de Alagoas em Propriá, última cidade de Sergipe ali naquela BR.

O VELHO CHICO

Já em Alagoas, o Velho Xico. Propriá ao fundo
[Imagem: Natal200718.jpg]

[Imagem: Natal200719.jpg]

HÁ LAGOAS

Ô lugarzinho pra ter lagoas. Quando registraram o estado, acredito ter sido sugerido o termo HÁ LAGOAS. O escrivão, muito do bronco, não entendeu bem a observação e tascou ALAGOAS. Big Grin

Também em Alagoas o petróleo faz a festa.

A riqueza sob fronteiras
[Imagem: Natal200720.jpg]

PELO LITORAL(???)

Perdido por um, perdido por mil. Qual a diferença? Aliás, sempre que perguntam se a gente vai pro NE pelo interior (BR116) ou pelo litoral (BR101), tem-se a impressão que a gente vai pela orla, e não a dezenas de quilômetros desta.
Na primeira oportunidade peguei a entrada para Penedo. Logo no início passei por uma placa que me fez dar gargalhadas. Indicando a localização por uma seta: IGREJA DO CAVALO BRAVO. Nossa Senhora!!! Infelizmente não tirei foto. Fiquei com aquilo batendo na cabeça e sempre dando gargalha-das dentro do capacete.

Atravessei Penedo, seguindo em direção a Coruripe. O calor estava insuportável, indício do que viria pela frente. Em um determinado ponto vejo uma placa de um lugarejo: FOZ DO RIO. Aquilo me deixou encucado. Mas a foz estava lá atrás, como pode? Aquilo desafiou a minha lógica. O local estava cheio de valas transversais, bastante profundas, funcionando como quebra-molas, só que aí quebrava a frente do carro. Mesmo de moto dava pra sentir a dificuldade. Bem, chegando à praia “paguei o maior mico”, perguntando ao morador local: - Onde é a foz do rio (pra mim do rio S. Fco.). E o cara: - É muito lá pra trás. Imagine a cara do idiota aqui... Eu sabia que a foz era lá atrás, então, por que perguntava???
Resumindo: o nome do lugar era Foz do Rio. Eu não deixei de retrucar: - Isso é propaganda enganosa, heim...Saí dali muito p. e ainda perdi um par de luvas que levava na jaqueta.
E vamos pra Maceió...
E toma Coruripe, e toma Jequiá (acho), e toma Praia do Gunga, Barra de S. Miguel, Lagoa do Roteiro, e por aí vai...


FO-TOS!
[Imagem: Natal200721.jpg]

A Lagoa do Roteiro é muito linda
[Imagem: Natal200722.jpg]

Já não sabia nem de onde estava tirando fotos. Se o lugar era bonito, tirava FO-TO! Não tinha mais paciência pra ficar escrevendo ou memorizando o nome do local. O capacete parecia um forno, a jaqueta um pano (couro) escaldante. Começava a ficar sem graça, sem ter onde parar. O surgimento de um posto de gasolina era como a visão de um belo oásis, em pleno deserto.
Finalmente praia do Francês e “logo” depois Maceió. Êta sabadozinho quente. Isso não durou o dia todo. Ao chegar em Maceió, só deu tempo de colocar a blusa do impermeável, porque a calça não passava pela bota. Teria que tirar a bota, mas, com o calor que fazia, até que seria legal uma molhadinha nas partes de baixo. Ufa... Confusedhock:

Olha a chuva chegando... Chegou!!!
[Imagem: Natal200723.jpg]

Continuei pela orla, passando por Pajuçara, Praia dos Sete Coqueiros, Praia da Sereia, Japaratinga... Tudo embaixo de chuva. A orla das redondezas de Maceió, que apresenta o mar de um azul-violeta lindíssimo, estava todo acinzentado. A beleza daquelas águas ficou escondida sob a chuva incessante.

[Imagem: Natal200724.jpg]

Bem, segui em frente, não sei bem por qual estrada. A única coisa que fazia era guiar-me pelas placas “Recife”. Fui parar em uma cidade chamada Ipojuca, uns 50 / 60 km de Recife. Ali pernoitei na Pousada da Branca, pagando 25,00 por um quarto com ar condicionado e café da manhã.
Daí liguei pro Heldder, que teve a gentileza de ir até o meu endereço temporário, percorrendo uns 60 kms, à noite, retornando no outro dia, guiando-me cidade de Recife. E terminou o sábado, graças a Deus.

Pelos olhos esbugalhados e vermelhos dá pra imaginar o prego
[Imagem: Natal200725.jpg]

Uma coisa que não resisti fotografar foi o banheiro. Os caras são doidos mesmo. A porta de entrada fica em frente ao chuveiro com o lavatório na lateral esquerda. Já o vaso sanitário fica “dentro do box”. Vai entender... Confusedhock:

[Imagem: Natal200726.jpg]

FINALMENTE UM DOMINGÃO MA-GA-VI-LHA

Um domingão maravilhoso se anunciava. Esperei pelo Heldder, tomamos o café da manhã e partimos pra Recife.

[Imagem: Natal200727.jpg]

Chegando à Veneza Brasileira, fomos direto pra Praia da Piedade. Tomamos aquela água de coco geladinha, afinal, ninguém é feito de ferro...

[Imagem: Natal200728.jpg]

Ainda na praia da Piedade, com Candeias lá no fundo...
[Imagem: Natal200729.jpg]

Esse pedaço entre Piedade e Candeias ficou famoso pelos recentes casos de ataques de tubarões.

O OGRO

Em Boa Viagem esbarramos com um sujeito numa XT-660 preta, toda equipada para longas jornadas, membro do Clube XT-600 – era o Ogro, a quem só conhecia através do site. Após alguma conversa ficamos sabendo de sua recente viagem para as terrinhas de Ushuaia. Ele, um gaúcho, que está por fixar residência na belíssima cidade de Recife, não se fez de rogado e nos honrou com a sua presença em nossa incursão.
Atravessamos a ponte Agamenon Magalhães, em direção a Recife Antigo, eu, Heldder e o Ogro.

[Imagem: Natal200730.jpg]

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No Recife Antigo, no Marco Zero (conhecido pelo show de Alceu Valença), com a visão da Coluna de Cristal, protegida pelos Totens ao redor - pena que muito distantes
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Do mesmo ponto, focalizando a área para a esquerda, o porto com um navio atracado
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Ainda do Marco Zero, mostrando as ruas por onde a cidade se expandiu
[Imagem: Natal200734.jpg]

Essa já mostra o Museu
[Imagem: Natal200735.jpg]

Ali nos separamos do OGRO. Obrigado pela companhia, amigão. Espero que a gente torne a se encontrar pelas estradas. Um grande abraço pra você.

Chega de Recife, agora vem a Paraíba. O “sem-vergonha” do Heldder iria me acompanhar até a divisa com a Paraíba. Atravessamos a fronteira e nada do Heldder voltar. A Paraíba ficou rapidamente para trás. Na divisa com o Rio Grande do Norte paramos as motos e registramos a minha entrada triunfal no Estado-destino (RN). Acho que o Heldder não foi adiante, de tanto que insisti no seu retorno. Não que a companhia não fosse agradabilíssima, mas preocupava-me o seu retorno, sozinho. A despedida, bem, nunca é algo agradável. O que nos deixou mais conformados foi o acordo de seguirmos juntos pra Fortaleza, posteriormente.

[Imagem: Natal200737.jpg]

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Detalhe da moto do Heldder
[Imagem: Natal200736.jpg]

Agora seriam apenas 70 km até Parnamirim. NOSSA! Como era grande a alegria. Finalmente conseguia terminar a viagem.
Pronto, CHEGUEI!!!

Centro de Parnamirim, praça da Paz de Deus. Alguém duvida?
[Imagem: Natal200739.jpg]

Do outro lado da praça
[Imagem: Natal200787.jpg]

Já completamente relaxado, chego ao destino no domingo, dia 18/11, cerca de 16:30h.

[Imagem: Natal200741.jpg]

[Imagem: Natal200740.jpg]

A ESTRÉIA

Finalmente encontrei uma área para montar a barraca. :roll: Não tinha muito conforto, mas era cercada de muito verde, com boa ventilação e luz natural. Ainda pude improvisar algumas regalias, como cadeira e balanço. Construí também uma churrasqueira para alguma eventualidade. Big Grin Big Grin Big Grin
E o melhor de tudo, foram 8 dias sem pagar nada pelo camping.

[Imagem: Natal200742.jpg]

Na 2ª feira, bem cedinho, já calejado pelo acontecimento na Bahia, tratei da revisão da moto, que a essa altura, tava uma lambança só. Era uma mistura de asfalto e lama. Felizmente voltou novinha em folha.

Atendentes da concessionária, que a exemplo da Bahia, extremamente atenciosos
[Imagem: Natal2007110.jpg]

[Imagem: Natal2007109.jpg]

Os dias se seguiram rapidamente. Uma peninha...
Os fatos a seguir, não serão postados em ordem cronológica, mas de uma forma lógica, porque as situações se embaralhavam naturalmente. Era passeio misturado com outro acontecimento, e por aí vai...

TROCANDO FIGURINHA

Durante a estada em Parnamirim e Natal, tivemos a oportunidade de levar ao conhecimento de alguns MCs, o nome dos Saharamaníacos. A forma de contato inicial era sempre a mesma, abordava algum motociclista, começava com um assunto qualquer, típico do carioca, e em seguida começava a falar do nosso Grupo. A partir de então, às vezes era convidado a participar de alguma reunião, ou freqüentar alguma sede. Sendo a coisa viável, não perdia a oportunidade.
De um desses contatos, conheci uma pessoa, extremamente educada, com uma Sahara – o Marcos (Marquinho), do MC Ovelhas Negras. Após conhecimento dos SM tratou de acessar o site. Tomara que se registre, pois, convite não faltou. Seria uma enorme aquisição.
Através do Marquinho cheguei à reunião dos Ovelhas Negras, na praia de Ponta Negra. Local belíssimo.

O Marquinho está de camisa clara, à direita
[Imagem: Natal200790.jpg]

O da esquerda merece também um comentário à parte. Assim que chegamos ao ponto de encontro, o sujeito levantou-se e foi ao meu encontro, perguntando logo:
- Você é do Rio, não é?
- Sou, como você sabe?
- Não se lembra de mim?
- Sinceramente, não.
- Da rua Ceará...
- Nunca fui lá.
- Então do Aeroporto (SDU)?
- Matou a pau.
Embora não me lembrasse naquele instante, posteriormente, quando vi a sua moto, uma CB-500, cinza, lembrei-me que o abordara no SDU, brincando, quando vi a placa RN, perguntando o que fazia tão longe daquela terra maravilhosa (Natal)...
Então, o seu nome já é bem conhecido aqui no RJ, é o Mussolino, dos Steel Ghoose, que costumamos tirar proveito em seus 0800, no SDU. Big Grin Big Grin Big Grin

Outra vez, ao meu lado. O companheiro de bandana, acredito ser o presidente dos Ovelhas Negras.
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OS B-17

O nome teve a sua origem no primeiro bombardeiro brasileiro a ir pra guerra. Trata-se de um grupo antigo e tradicional de Parnamirim.

Escultura presenteada ao grupo
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Um dos ilustres membros, o Márcio Cardoso, já é conhecido de muitos motociclistas viajantes. Teve uma aventura muito louca, publicada na revista Duas Rodas, nº 309, em meados de 2001. O “doido” atravessou a amazônia, com uma Intruder 800, mais dois amigos, um com uma XT-600 e o outro com uma Virago 1100. Ta aí a justa homenagem.

A revista
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Esse é o Marcio, no escritório de sua oficina, na sede do MC. O cara é um mecânico super conceituado, por mexer com máquinas grandes, principalmente. É proprietário de uma Falcon com tanque aumentado em sua capacidade pra cerca de 18,5 litros. Vou fazer o mesmo com a minha.
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Ainda na sede, dois outros companheiros: Nilson, de preto, proprietário de uma V-Blade, apresenta um programa no nordeste, só de motos, o MotoEmotions, o outro, de camisa branca, é o João dos Vulcaneiros do Brasil, proprietário de uma belíssima Nômade 1500 e de um triciclo, que também adora essas viagens malucas.
[Imagem: DSC09862.jpg]

NATAL & PARNAMIRIM

Só vou saber o resultado da postagem dos mapas, após fazê-lo. Tomara não distorça a página em muito. Serão de grande valor pra quem não conhece as cidades.

Natal. Os mapas devem ser lidos de forma complementar. Fui obrigado a dividi-lo pelo seu tamanho. È extremamente importante entendê-los para a perfeita assimilação das postagens
[Imagem: CpiadeCpiadeplant-of-natal.gif]

[Imagem: CpiadeCpiadeCpiadeplant-of-natal.gif]

Parnamirim
[Imagem: graf_emmapas_02.jpg]

[Imagem: graf_emmapas_01.jpg]

REALIZANDO UM SONHO

Como disse no início do relato, sempre sonhei com essa viagem. Em 2000, quando fui pela primeira vez a Natal/Parnamirim, conheci um militar, vizinho de bairro aqui do Rio, que costumava vir ao Rio e voltar pra Parnamirim, com sua Ténéré. A vontade aumentou ainda mais.
Ao passear pela orla, principalmente pela Via Costeira, avenida que liga Ponta Negra às praias do Centro de Natal, sempre comentava com a Jana: - Um dia ainda vou fazer esse percurso de moto.
Assim, no primeiro dia na cidade, após retirar a moto da revisão, advinha qual foi o destino? Acertou! Via Costeira.

Indo para a Via Costeira, via BR 101, passando pelo portal de Natal, rumo à Av. Roberto Freire, com destino à Ponta Negra, e daí a Via.
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Pra não restar dúvidas – estou ali mesmo
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Já na Via Costeira, com seus 9 km – Parque das Dunas de um lado e marzão do outro
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Atrás a praia de Ponta Negra e o Morro do Careca
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O Centro de Convenções de Natal, à beira do Parque das Dunas
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Já no Centro – Praia dos Artistas, com a praia de Areia Preta ao fundo
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Registro do 1º acidente na ponte que seria inaugurada no dia seguinte, ligando o Centro de Natal à Redinha, passando sobre o Rio Potengi
[Imagem: Natal200749.jpg]

A partir de agora as seqüências não estarão necessariamente, em ordem cronológica.

NATAL
Conforme o mapa, a Praia de Ponta Negra limita a cidade com Parnamirim.

Ponta Negra pra um lado. Detalhe do Morro do Careca
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E pro outro
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Indo pro Centro, para a Via Costeira, em uma rua paralela à praia de Ponta Negra, em nível mais alto, com o Morro do Careca ao fundo
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Placa da Praia de Areia Preta, com o Farol de Mãe Luiza ao fundo
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Aí a praia
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Praia dos Artistas
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A praia dos Artistas, local super badalado, tem um mirante na rua acima da orla, que é um verdadeiro “desbunde”.

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Com a ponte que liga o Centro à Redinha, lá ao fundo
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Detalhe para o Forte dos Reis Magos (centro da foto), com a praia adjacente (praia do Forte), resumida a pequenas poças. Na hora de maré alta, o mar avança sobre a barreira rochosa, modificando a paisagem. Essas barreiras (parranchos) são muito comuns por toda orla. Mais ao fundo, do outro lado do estuário do rio Potengi, a praia de Redinha. Em último plano pode-se ver as famosas dunas de Genipabu (presença constante em várias fotos abaixo)
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Agora a vez da Jana
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Olha o brasão aí, gente...
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Eu, de novo, afinal EU SOU A ESTRELA Big Grin Big Grin Big Grin
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Nós estávamos juntos, olha a prova
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Finalmente a ponte – MUITO LINDA...
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Esse aí na frente é o Heldder
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No entroncamento da Roberto Freire com a BR101- Show
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PARNAMIRIM

Agora começa o litoral de Parná. A partir de Ponta Negra, passagem obrigatória pela Barreira do Inferno.
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Em Pium, rumo à Praia do Cotovelo, tem o rio Pium, com uma área de lazer, parecendo um pequeno balneário. E olha que isso não é longe da praia. Nos dias de folga fica repleto de gente
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Praia do Cotovelo, de um lado e do outro
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Adiante chega-se a Potengi, local do maior cajueiro do mundo, além da bela praia

Feirinha de artesanato - muito comum em todos os points
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Curtindo uma tapioca com recheio de queijo e carne de sol (hummm...)
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As várias tomadas do cajueiro
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A pracinha em Potengi, bastante bucólica
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NÍSIA FLORESTA

Ultrapassando as barreiras do município, entramos em Nísia. Mas, as praias continuam belas.

A caminho de Búzios, a foz do rio Pium, que parece separar Pirangi do Norte de Pirangi do sul
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Búzios
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Lagoa de Arituba e o aero-bunda
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Tabatinga
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Enseada dos Golfinhos

O Eduardo, que toma conta do mirante dos golfinhos
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O porquê do nome
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OBSERVAÇÃO: O GOOGLE FAZ UMA BAITA CONFUSÃO COM OS DIVERSOS NOMES DAS PRAIAS. INCLUSIVE A ENSEADA DOS GOLFINHOS ESTÁ EM LOCAL COMPLETAMENTE EQUIVOCADO, BEM MAIS AO NORTE. PODE-SE VER O QUANTO CONHECEM O BRASIL, ONDE AS COBRAS ANDAM NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO. Big Grin Big Grin Big Grin

O gato não está, aí o rato faz a festa
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Como disse acima, é comum a barreira de pedras
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Cuidado imprescindível com a estrada, margeada por dunas
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O QUE É ISSO?

Em Alagoas perdi a oportunidade de fotografar a placa, mas aqui...

Metralha = entulho
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Pastora-se = toma-se conta, guarda-se
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REENCONTRO

Visitar amigos do Rio é inevitável

O Sérgio Lima, gerente do Banco Mercantil do Brasil, resolvendo se compra uma moto
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O casal Biriba, já instalado em seu ap, pertinho de Ponta Negra
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MESMO LONGE DE CASA, SHOPPING!!!! :evil:

A dupla dinâmica admirando uma Torre de Cerveja (Beer Tower). Com essa é fácil controlar o limite
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Essa foi no dia em que demos um passeio na UFRN. Quem sabe no próximo ano a filhona...
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E a outra não podia faltar
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FORTALEZA

Durante os dias em que por aqui fiquei, mantive contato com o Heldder. Finalmente resolvemos ir a Fortaleza na 2ª feira, dia 26/11. Combinamos por volta de 8:30 as 9:00h. Em Fortaleza iríamos nos encontrar com o Ruan Pablo. Infelizmente, devido a problemas enfrentados na estrada, o Heldder só apareceu após 12:40h. Assim resolvemos fazer um “tour” por ali mesmo. Mas, isso será matéria pra ele mesmo postar.
Apenas uma dicazinha
Menu: carne de sol, macaxeira, feijão verde, farinha d´água, arroz, manteiga de garrafa. Horrível! :roll:
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Segundo o proprietário, a melhor carne de sol do nordeste. Acho que é exagero, não?
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RETORNO

A opção de permanecer mais alguns dias sacrificou o meu retorno, que deveria ser feito rapidamente, por compromissos assumidos no Rio. O jeito agora seria mandar a moto na carreta e voltar de avião. E assim foi.
Sem conhecer ninguém, recorri ao Marcio, que aliás conheci através do proprietário de uma oficina, no centro de Parnamirim, o JORGE. Muito solícito, o Marcio encaminhou-me a outro irmão, membro do MC Raposas do Asfalto, o ALUISIO, proprietário de uma empresa de transporte. O resto é fácil imaginar.

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A moto já na transportadora, com 4.032 km rodados. Total da viagem: 3.916 km
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Aproveito para postar não só os cartões, bem como bótons e adesivos recebidos
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Da oficina do Marcio
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Da transportadora do Aluisio
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Do companheiro Paulo, a quem me referi, no encontro em Atalaia, em Aracaju
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CURIOSIDADE

Fiquei surpreso pela grande, grande mesmo, quantidade de Pops no nordeste.
Também a Traxx está mandando ver, com seu modelo de 49cc, a Star 50. Tem algo muito esquisito porque aqui, pra esse modelo poder ser pilotado por menor, não precisando de placa e nem de habilitação. A única exigência é o uso do capacete.

A concessionária Traxx, em Parnamirim, com dezenas dessas pequenas motos. Não havia um único exemplar de outra cilindrada
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DECEPÇÃO

A decepção fica por conta da ocupação da orla da Via Costeira pela rede hoteleira. Não sei como conseguem licença pra edificar naquela área. Nem quero $aber.

Uma das edificações em andamento. Seguramente com mais de 250m de frente...
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Mais essa área cercada, de iguais 250 – 300 m, totalizando mais de ½ km. Note a edificação bem lá no fundo
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É vergonhosa a situação. São vários empreendimentos espalhados pelos 9 km da Via Costeira. Gostaria de comprar um lote! :x
Outra grande decepção foi ver uma placa da Unimed fincada nas areias do Parque das Dunas, dizendo: ÁREA PROTEGIDA PELA UNIMED. Francamente, cadê o Poder Público?

Não acredita?
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SAUDADES

Já sinto saudades do meu amigo de quarto, melhor de barraca
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Do convívio dos meus cunhados, a quem tenho como irmãos, e sobrinhos como filhos. Na ordem: Denise, João Carlos, Rafael, Rafaele e Rebeca
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SENSACIONAL :!: :!: :!:

Acredite se quiser. Mas é só ir lá conferir, nos fundos do aeroporto de Parnamirim, na estrada que liga o bairro da Liberdade com a Maria Lacerda.

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DESCULPAS

Desculpem pela demora e extensão da postagem, mas é muito difícil isolar os fatos. Garanto que ainda tenho centenas de FO-TOS! E pequenos filmes. Mas isso é coisa de louco – CHEGA!

HOMENAGEM

Agradeço a todos os amigos que apoiaram a minha maluquice. Iacimar, você é parte disso. Aviso, já tá com gosto de quero mais.
Não poderia deixar de mencionar o grande incentivo de minha mulher, a Janaína, em todas etapas do empreendimento.
Valeu MULHER, com letra maiúscula mesmo. Você mora no meu coração!

Tiro o chapéu pra você :!:

Minha homenagem
[Imagem: Natal2007120.jpg]

Até a próxima.

OBS.: OS VÍDEOS ESTÃO POSTADOS, A PARTIR DA PG. 6.
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#2
Smile

Parabéns pelo relato,Jotace!

Bela viagem,um pouco corrida pelos meus padrões(antigos),mas é melhor fazer assim do que não fazer,né? Wink

A moto já chegou?Chegou bem?Tive uma XL250 que voltou de caminhão,porque pifou,mas era toda de plástico,inclusive o tanque.

E depois dessa experiência,sinto dizê-lo,mas com alegria,VC foi contaminado pelo VIRUS da estrada... Vê se na próxima leva a Jana!

Abração!
Motociclismo é uma doença crônica,contagiosa e incurável!.
[Imagem: Diversos2011279.jpg]
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#3
JC.

Lí o relato inteiro e só posso dizer: PARABÉNS.
Belas fotos e um relato sensacional, dando-nos um idéia exata da sequência dos fatos.

Mais uma vez, parabéns.
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#4
É isso aí JC.....

MEUS PARABÉNS pela aventura! ! ! ! !

Também li todo o relato e achei show de bola todos os detalhes, tanto do texto quanto das fotos...
Imagino o tempo que levou prá organizar tudo isso... parar e tirar foto de tudo... e depois escolher qual foto postar... afinal deve ser uma melhor que a outra...
O que é ótimo também é ter histórias prá contar... e isso não vai te faltar agora...

Como disse a Iacimar, vc já está contaminado pelo "vírus da estrada"...

E nada de parar hein... o negócio agora é planejar mais e mais.... e levar a Jana na garupa....

Grande abraço,
Piske
Mobilete 50cc 83 > Monareta S50 85 > Honda XL 125cc 87 > Sahara 91 > Hyosung Cruise II 125cc 98 > Sahara 97 > Sundown Web 100cc 2003 > Yamaha Virago 250cc 97 > Biz 100cc 2002 > XT660 2006 > Sahara 1999
XMax 250 2021; Biz 100 2004
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#5
Obrigado, amigos. Big Grin

Respondendo a Iacimar e ao Piske, o difícil é conciliar tudo pra poder levar a Jana, durante muitos dias. Mas chegará o dia. Sad

Nelson, valeu amigão.

Abraços a todos.
63a - HD Sport Glide, 2019, vermelha.  Rolleyes
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#6
8) Oi Jotacê! Valeu pela aventura... muito legais as fotos! Bons ventos prá vc e para a Jana!
Angel
"Meninas boas vão para o céu. Meninas motociclistas vão para qualquer lugar!


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#7
Confusedhock: PUTZZZZZZZ......JOTACÊ,QUE RELATO FANTASTICO :!: Confusedhock: PARABENS,PARABENS,PARABENS E MAIS UM PARABENS :!: Big Grin VOU TER QUE LER COM MAIS CALMA ESSA GRANDE AVENTURA PARA SUGAR TODO OS DETALHES QUE SÃO MUITOS :!: Confusedhock: SE MAIS ALGUÉM CLICAR EM CITAR ESSE TÓPICO VAI FICAR TÃO PESADO QUE NEM O MARIÃO VAI CONSEGUIR LEVAR NAS COSTAS :!: :twisted: KKKKKKK Big Grin
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#8
Concordo Martins, já pedi pra ela deletar a citação. Vamos aguardar.

Obrigado, amigão.
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#9
Excelente relato, parabéns pela viagem, só vou poder ver as fotos em casa, aqui é bloqueado os hospedeiros de fotos!! :evil:

Valeu Aventureiro Jotace!! Smile
Grande abraço
Vitor.

[Imagem: bg_02.jpg][Imagem: selo3anoseufuiux8.gif]
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#10
Moto - transportadora? Hein? :twisted: :twisted:

hehe... brincadeira, show, só me deixou com mais vontade de conhecer esse
Brasil de meu Deus.

Parabéns aos aventureiros.
Mas me diga, as duas filhas também foram na transportadora? KKKKKK
SaharaMANÍACOS, prazer em viajar.
Moto não tem idade, tem dono. Honda NX 350 Sahara/99
Não basta ter sahara, tem que ser maníaco!!!
[Imagem: cachoeiracopy.jpg]
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