21-07-2010, 08:19 AM
Trabalho na área de saúde (mais especificamente, na ortopedia) e vejo quase que diariamente pessoas que sofreram acidentes com motos.Quando as pessoas descobrem que tenho moto, me chamam de maluco.Ainda mais por eu ver o resultado final dos motoqueiros.Só que eu discordo das pessoas que seguem essa linha de raciocínio.Sem nenhum tipo de preconceito eu separo as palavras "motoqueiro" e "motociclista".Também ando com a minha Sahara diariamente e enfrento aqui no Rio o trânsito turbulento e caótico como em qualquer cidade.Sei de todos os riscos que corro diariamente.E sabendo disso, faço a minha parte aplicando a direção defensiva.Até hoje, graças a Deus só bati uma vez com uma Capitão América que tinha quando passava no corredores e um passageiro de um carro abriu a porta direto no meu joelho, o que me serviu de lição para a diante sempre buzinar excessivamente para anunciar a minha presença.Embora eu não seja nenhum piloto fera na direção, me coloco na posição de motociclista, ou melhor, associo a palavra "motociclista" aos amantes do motociclismo, a quem tem uma motocicleta e zela por ela assim como zela pelas vidas em jogo.Tento ser o mais prudente possível.Estou sempre de olho nos retrovisores para não ser atropelado por nenhum irresponsável, evito ficar no "bibibi" passando voado entre os corredores em movimento (para tomar um fechada é mole), mantenho sempre a distância do veículo da frente (regra básica), enfim, não sou um motoqueiro abusado e sim um motociclista consciente.Mesmo que para isso eu me passe como "bolinho" para os que se julgam safos.As vezes o excesso de confiança é que gera os acidentes em motoqueiros experientes.E o discurso é sempre o mesmo: A culpa foi do carro.Pode até ser que sim, mas se eu fizer a minha parte, terei uma grande probabilidade de escapar dos erros que outros venham a cometer e me prejudicar.Não dá nem para imaginar uma carenagem de Sahara ao chão, muito menos uma tíbia e fíbula fraturada.