02-05-2006, 01:30 PM
Essa eu vou postar porque não quero que ninguém passe pelo que eu e Martinez passamos na Rodovia Washington Luiz e Brigadeiro Faria Lima, no caminho entre Piracicaba e Barretos... foram 280 Kms em 5 horas e meia!!! Ninguém merece...
Na noite anterior, quando eu me dirigia de Santos para Piracicaba, já no trecho final da Bandeirantes, a moto começou a engasgar acima dos 110 Km/h, como se alguma sujeira estivesse impedindo a passagem de combustível em alguns momentos. Mas como o defeito surgia, desaparecia da mesma maneira. Em velocidades mais baixas, a moto se portava normalmente - cheguei a Piracicaba, encontrei-me com Martinez, e como a moto respondeu bem na cidade, com marcha lenta regulada e rendendo bem, não nos preocupamos muito com o acontecido.
Na manhã seguinte, após alguns kms de Washington luiz, ressurge o problema - a moto engasgava muito, impedindo velocidades acima de 80 km! O engraçado é que às vezes o problema desaparecia do nada, e a moto voltava a render. Foi aí que a coisa mudou de figura.
Num certo ponto da estrada a moto simplesmente cortava o funcionamento, não pegando nem no tranco, com a moto embalada. Paravamos no acostamento, tentavamos a partida, o motor de partida virava mas ela não pegava. Depois de alguns segundos, a moto volta a pegar, funcionando perfeitamente bem, inclusive com arrancadas até 120 Km com facilidade - porém, depois de aproximadamente 2 Kms, engasgava, morria, acostamento, tenta, tenta, tenta, pega - tudo normal... engasgava, morria, acostamento, tenta, tenta, tenta, pega - tudo normal... engasgava, morria, acostamento, tenta, tenta, tenta, pega - tudo normal...
Esse ciclo durou mais de 200 Kms - funcionamento perfeito mesclado com engasgos. Pensamos em vela, mas não conseguimos sacá-la (porque a chave do Martinez não servia...) e depois descartamos, haja vista que em baixa tudo era normal, e depois de pegar, rodava OK tb em alta...
A bóia foi outro pensamento - mas desmontar o carburador no meio da estrada nos pareceu meio inviável... Martinez chegou a citar CDI (e comecei a ter calafrios - acabara-se minha viagem).
Resolvemos arrastar a moto desse jeito mesmo até Barretos, após um telefonema do Cosme nos dizendo que havia um stand, dentro do Barretos Motor Cycle, da oficina de confiança dele.
Chegando lá, o grande Wagnelson (Wagner, o mecânico) e o Zezinho, dono da oficina, eliminaram as possibilidades elétricas, e concentraram-se em algo relacionado à alimentação do combustível - algo como nosso palpite da bóia, pois o ciclo de funcionamento perfeito e engasgos com parada eram um sinal de que a cuba do carburador enchia e queimava normalmente, até que a gasolina acabava.
Pensaram na válvula da tampa de combustível, que talvez estivesse com defeito, dando pressão no tanque em alta, impedindo o fluxo do combustível combustível (e que nas paradas permitia a gasolina descer ao carburador, enchendo a cuba e assim funcionando por algum tempo). Trocamos a tampa, teste em estrada... o problema continuou.
A segunda opção foi filtro do registro de combustível - uma pequena "redinha" situada dentro do tanque, que fica sobre a entrada do registro de combustível (aquele do ON-OFF). Estava revestido de areia de praia!
Vamos ao procedimento:
1. tirar o parafuso da carenagem esquerda que fica ao lado da chave ON-OFF do combustível;
2. desacoplar a mangueira que sai do registro;
3. tirar o registro de combustível (chave boca 24);
4. tampar o buraco com alguma coisa!!! (hehehehehe);
5. lavar o filtro - passar um ar com o compressor (substituir se necessário);
6. montar tudo de novo na ordem inversa.
Preço da mão-de-obra: R$ 10,00...
É gente, a moto ficou nova - mas não me perguntem como a areia foi parar dentro do tanque... os postos da Baixada Santista tem areia nos tanques? Várias e várias vezes abrindo a tampa para abastecer, nesses anos todos? Sabotagem do Martinez? Quem sabe?
Então se a sua Sahara der sinais de que corta o combustível, não custa nada tentar, afinal, em menos de 10 minutos vc pode salvar uma viagem.
Abraços a todos!
Na noite anterior, quando eu me dirigia de Santos para Piracicaba, já no trecho final da Bandeirantes, a moto começou a engasgar acima dos 110 Km/h, como se alguma sujeira estivesse impedindo a passagem de combustível em alguns momentos. Mas como o defeito surgia, desaparecia da mesma maneira. Em velocidades mais baixas, a moto se portava normalmente - cheguei a Piracicaba, encontrei-me com Martinez, e como a moto respondeu bem na cidade, com marcha lenta regulada e rendendo bem, não nos preocupamos muito com o acontecido.
Na manhã seguinte, após alguns kms de Washington luiz, ressurge o problema - a moto engasgava muito, impedindo velocidades acima de 80 km! O engraçado é que às vezes o problema desaparecia do nada, e a moto voltava a render. Foi aí que a coisa mudou de figura.
Num certo ponto da estrada a moto simplesmente cortava o funcionamento, não pegando nem no tranco, com a moto embalada. Paravamos no acostamento, tentavamos a partida, o motor de partida virava mas ela não pegava. Depois de alguns segundos, a moto volta a pegar, funcionando perfeitamente bem, inclusive com arrancadas até 120 Km com facilidade - porém, depois de aproximadamente 2 Kms, engasgava, morria, acostamento, tenta, tenta, tenta, pega - tudo normal... engasgava, morria, acostamento, tenta, tenta, tenta, pega - tudo normal... engasgava, morria, acostamento, tenta, tenta, tenta, pega - tudo normal...
Esse ciclo durou mais de 200 Kms - funcionamento perfeito mesclado com engasgos. Pensamos em vela, mas não conseguimos sacá-la (porque a chave do Martinez não servia...) e depois descartamos, haja vista que em baixa tudo era normal, e depois de pegar, rodava OK tb em alta...
A bóia foi outro pensamento - mas desmontar o carburador no meio da estrada nos pareceu meio inviável... Martinez chegou a citar CDI (e comecei a ter calafrios - acabara-se minha viagem).
Resolvemos arrastar a moto desse jeito mesmo até Barretos, após um telefonema do Cosme nos dizendo que havia um stand, dentro do Barretos Motor Cycle, da oficina de confiança dele.
Chegando lá, o grande Wagnelson (Wagner, o mecânico) e o Zezinho, dono da oficina, eliminaram as possibilidades elétricas, e concentraram-se em algo relacionado à alimentação do combustível - algo como nosso palpite da bóia, pois o ciclo de funcionamento perfeito e engasgos com parada eram um sinal de que a cuba do carburador enchia e queimava normalmente, até que a gasolina acabava.
Pensaram na válvula da tampa de combustível, que talvez estivesse com defeito, dando pressão no tanque em alta, impedindo o fluxo do combustível combustível (e que nas paradas permitia a gasolina descer ao carburador, enchendo a cuba e assim funcionando por algum tempo). Trocamos a tampa, teste em estrada... o problema continuou.
A segunda opção foi filtro do registro de combustível - uma pequena "redinha" situada dentro do tanque, que fica sobre a entrada do registro de combustível (aquele do ON-OFF). Estava revestido de areia de praia!
Vamos ao procedimento:
1. tirar o parafuso da carenagem esquerda que fica ao lado da chave ON-OFF do combustível;
2. desacoplar a mangueira que sai do registro;
3. tirar o registro de combustível (chave boca 24);
4. tampar o buraco com alguma coisa!!! (hehehehehe);
5. lavar o filtro - passar um ar com o compressor (substituir se necessário);
6. montar tudo de novo na ordem inversa.
Preço da mão-de-obra: R$ 10,00...
É gente, a moto ficou nova - mas não me perguntem como a areia foi parar dentro do tanque... os postos da Baixada Santista tem areia nos tanques? Várias e várias vezes abrindo a tampa para abastecer, nesses anos todos? Sabotagem do Martinez? Quem sabe?
Então se a sua Sahara der sinais de que corta o combustível, não custa nada tentar, afinal, em menos de 10 minutos vc pode salvar uma viagem.
Abraços a todos!