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Pastilha de Freio
#10
Bom Sérgio, vamos lá...

As pastilhas de freio podem ser classificadas em 4 tipos :

1.) Orgânicas - Feitas a base de celulose e resina fenólica, que é resistente à altas temperaturas. Antigamente se utilizavam asbestos (amianto, etc.) para melhorar as propriedades em altas temperaturas, mas atualmente esses materiais são proibidos. Hoje se utiliza kevlar, fibra de vidro ou fibras minerais em seu lugar. Pastilhas orgânicas tem um bom coeficiente de atrito sob baixos esforços, trabalham bem quando frias, não desgastam muito o disco de freio, são baratas e quase não produzem barulho. Por outro lado desgastam-se mais rápido, vitrificam mais facilmente e tendem a criar uma camada relativamente grossa óxido sobre o disco. São mais indicadas para uso urbano, sem compromisso com alto desempenho. São as mais comuns no mercado paralelo.

2.) Metálicas/Semi-Metálicas - Estas pastilhas tem, tipicamente, latão, ferro ou bronze adicionados à resina para aumentar o coeficiente de atrito em altas temperaturas e a resistência mecânica do composto. Normalmente são pastilhas excelentes para o uso no dia-a-dia de motos maiores. O metal adicionado gera maior desgaste do disco de freio, algum barulho na frenagem, custo um pouco maior que as orgânicas e menor atrito quando fria, mas suas qualidades as estão tornando padrão no uso diário e de alta performance.

3.) Sinterizadas - Estas pastilhas são feitas de uma mistura de metais em pó, tipicamente bronze, latão, cobre, ferro e cerâmica - estes últimos voltados para altas temperaturas, moldada em alta temperatura e pressão, tornando-se um bloco sólido e relativamente homogêneo. Podem ser formuladas para funcionarem melhor a baixas, médias ou altas temperaturas, porém usualmente tem comportamento apenas mediano quando frias. Também dependendo de sua composição podem ser mais ou menos agressivas ao disco. É a tendência da moderna indústria motociclística.

4.) Carbono - Pastilhas de carbono para motos não são como as utilizadas em carros de fórmula 1, ônibus espaciais ou caças a jato. Não são de fibra de carbono também. São, isto sim, pastilhas semi-metálicas que tem carbono em sua resina, de modo a aumentar sua eficiência em altas e baixas temperaturas. Muitas tem o desempenho a frio de boas pastilhas semi-metálicas e a quente de metálicas/sinterizadas acima da média. Também variam o grau de agressividade ao disco de freio em função de sua formulação, exceto pelas pastilhas de carbono produzidas exclusivamente para corridas - estas muito agressivas. É o melhor dos dois mundos! Mas tudo tem um preço e esta não é uma exceção, e literalmente o preço é alto, em reais. Outro inconveniente é a grande produção de um pó preto, não corrosivo, mas que faz muita sujeira, como grafite em pó...

Bom, está tudo bem explicadinho - é só fazer a sua escolha.

Quanto aos fabricantes, a COBREQ é líder do mercado sul-americano; a FISCHER é muito bem conceituada pelos mecânicos e usuários e a VAZ, líder em fabricação de componentes para relação também entrou na briga. Procure distância das pralelas desconhecidas e "importadas" made in China e Taiwan.
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