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1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - RELATOS CONCLUÍDOS
É meu amigo Nelson Bad...um sonho realizado!!!
Eu fico aqui tb sonhando fazer uma viagem destas, deve ser uma superação, uma descoberta de lugares inspiradora...caramba, é bom demais!!!
Estou aqui acompanhando suas fotos lindas e suas histórias, dá para babar!!

Gd abraço!!!
Sahara maníaca para sempre

Saharamaníacos- Mototurismo e amizade acima de tudo!!

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cris vinhedo Escreveu:É meu amigo Nelson Bad...um sonho realizado!!!
Eu fico aqui também sonhando fazer uma viagem destas, deve ser uma superação, uma descoberta de lugares inspiradora...caramba, é bom demais!!!
Estou aqui acompanhando suas fotos lindas e suas histórias, dá para babar!!

Gd abraço!!!

Oi Cris.

Estou com saudades de vc.

Viajar pela América do Sul é muito mais simples do que parece, e nem precisa de tanto tempo, dependendo do roteiro dá para fazer em 15 dias, inclusive um grupo de amigos do Rio de Janeiro vai para Santiago no início de maio, devem ir pelo norte e voltar de Mendoza à Buenos Aires, em seguida vir pelo Uruguai, passar no Chuí e retornar ao Rio, isso em 15 dias.

Pretendo logo fazer uma visita para Just, dar uma força no planejamento da viagem dele, quem sabe não combinamos e vc vai também?

Beijos.
MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 30 - 14/10/2010 - Arica-CH - 0 Km

Esse foi um dia de descanso, acordamos por volta das 08:00 hrs, tomamos o ótimo café da manhã do hotel (bem melhor que o de San Pedro de Atamaca) e fomos dar umas voltas no centro, a motoca ficou o dia todo guardada, saímos de carro.

Primeiramente fomos a estação de trem e analisamos a possíbilidade de ir ao Peru dessa forma, mas desistimos devido a tempo que demandaria, tomaríamos o dia todo para fazer esse passeio.

Enquanto as mulheres compravam algumas lembranças do Peru, que eram vendidas em barracas ao lado da estação, aproveitei para brincar com um perro (cachorro) que estava por lá.

O tempo estava bem nublado, ora ou outra vinha uma garoa fina, mas logo passava, em seguida fomos até um farol, um pouco mais ao sul, tiramos algumas fotos das embarcações e do mar, mas logo saímos dali.

Seguimos mais ao sul, até o final da Avenida Beira-Mar, ainda seguimos mais um pouco, por uma estreita passagem de terra (só passava um veículo por vez), e ainda passamos alguns sustos, com trechos desbarrancados.

O espetáculo das ondas batendo nas rochas era lindo, cada lugar dava um efeito diferente, seguimos a pé até um local onde denominei "Cerro de Mierda", pois eram altos paredões de rocha, todos brancos devido as fezes das aves marinhas, muito abundantes nessa região.

Andamos um pouco por lá, o Renato até subiu em um desses paredões de rocha, mas preferi ficar no solo, inclusive tinha um "alpinista de mierda", coletando as fezes das aves, provavelmente para adubo.

Em seguida, rumamos para o centro, pois precisava comprar óleo para trocar da motoca e a declaração de passageiros, para ingressar no Peru, além de almoçar, claro.

Procurei o azeite (óleo) em algumas lojas de moto, mas eles só vendiam motos novas, não tinham oficina ou peças, também procurei a declaração de passageiros em algumas papelarias, mas nada, muitos não sabiam da existência desse impresso e outros não sabiam onde teria para vender.

Resolvi procurar um restaurante, pois já era quase 13:00 hrs e a fome estava apertando, o Barbosa, Vanete, Renato e Raquel preferiram comer peixe no Mercado Municipal do centro e eu, o Magno e a Vivi preferimos comer frango, em um restaurante ali perto. Próximo do restaurante que escolhemos tinha uma Tornado Verde dos Carabineiros de Chile (polícia chilena) e tirei algumas fotos, quando estávamos saindo do restaurante, juntou a Tornado uma XR 250 Japonesa, também dos Carabineiros e os policiais estavam lá, tirei mais algumas fotos e perguntei ao policial sobre as coisas que eu precisava (troca de óleo e declaração de passageiros), quanto ao óleo, ele informou onde faziam as manutenções das motos da polícia, uma concessionária Honda de nome Automaq, e a declaração, falou para perguntar para algum taxista que, com certeza, saberia.

No estacionamento que tínhamos deixado os carros, tinha uma Nissan Z350 Conversível e aproveitamos para tirar algumas fotos nessa belíssima máquina.

Com a informação que a tal Declaração de Passageiros era vendida próximo da rodoviária, seguimos para lá e também fomos lavar os carros, pois o Renato e a Raquel já iriam embora naquela madrugada. Encontramos um posto de gasolina, ao lado da rodoviária, que faz o serviço de lavagem, depois aspiraram os carros com um aspirador que funciona com moedas e por um determinado tempo (self service), enquanto davam um trato nos carros, comprei a declaração e dei umas voltas pela rodoviária, fiquei me imaginando fazer uma trip dessas de busão, mas ainda prefiro de motoca rsrsrsrs. Ainda ajudei a dar um acabamento final na limpeza dos carros.

Em seguida, fomos procurar uma borracharia, para desamassar uma das rodas do carro do Renato, que estava literalmente quadrada, achamos a tal borracharia e o cara deu umas porradas com uma marreta enorme, deixando a roda e estado razoável, mas cobrou 10.000 pesos (coisa de R$ 38,00) pelo serviço, uma verdadeira "facada".

Depois disso, seguimos para o Morro de Arica, onde tem o Museu do Exército, no trajeto, tinha uma pick up 4x4 fazendo um trecho do morro por trilha e o Renato ficou distraído, olhando a pick e bateu com a roda que tinha acabado de consertar na guia, ficando pior do que estava.

Ele tentou mudar alguma calota de lugar, mas não teve jeito, todas as rodas estavam "quadradas", o jeito foi torcer para que não cobrassem as rodas na devolução do carro (alugado).

Aproveitamos bastante do Morro, tiramos muitas fotos e até colocamos a bandeira dos Tornadeiros no mastro da bandeira do Chile, logo veio dois militares correndo, falando para tirarmos a bandeira de lá, que isso não poderia ser feito, ficamos com medo de ir presos. rsrsrsrsrs

Fizemos a visitação ao Museu e gostei muito de saber um pouco mais da história do Chile, durante a Guerra do Pacífico.

Retornamos ao hotel e, após o banho, saímos novamente para jantar, dessa vez fomos em um ótimo restaurante, de nome Maracuyá, onde saboreamos pratos requintados e um atendimento excepcional, até que não ficou tão caro, ficando 10.000 pesos por pessoa (faixa de R$ 38,00).

Na volta, ainda paramos para curtir um ensaio local, que se assemelha aos nossos desfiles de fantarra, que é utilizado no carnaval deles, com muita musica e dança, adorei.



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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 31 - 15/10/2010 - Arica-CH à Moquegua-PU - 222 Km

Opa... esqueci de contar, na noite anterior, também se hospedaram no hotel que a gente estava (Hotel Bahia Chimchorro) três pessoas, com duas Suzuki V-Strom DL 1000, que estavam de passagem, com destino a Matchu Picchu, conversamos um pouco e logo saímos para jantar.

Esse foi um dia triste, o dia das despedidas, o Renato e a Raquel já haviam ido embora na madrugada, após o café da manhã nos despedimos dos novos amigos que já seguiriam viagem (a galera das V-Strom), não consegui chegar a um acordo financeiro sobre meu último dia de hospedagem em Arica, Barbosa, Vanete, Magno e Vivi conseguiram pagar meia hospedagem em um quarto quádruplo, pois sairiam durante a noite, mas para mim queriam cobrar 25.000 pesos pela hospedagem em um quarto single, não valendo de nada os vários dias que passamos lá, por isso resolvi que seguiria aquele dia mesmo para Moquegua.

Já deixei minha bagagem semi-pronta e fomos para o centro, facilmente encontrei a concessionária Honda Automaq, indicado pelo amigo Carabineiro, eles tinham o azeite (óleo) para a moto, mas era bem caro, por ser o original Honda, fabricado nos Estados Unidos e semi-sintético, paguei 27.080 pesos por 3 litros de óleo e o serviço de substituição, além da limpeza e lubrificação da corrente (equivalente a R$ 103,00).

Motos são bem raras em Arica, a concessionária era especializada em motores estacionários (geradores de energia), mas os mecânicos foram muito atenciosos, me permitiram entrar na oficina e fui dando as dicas do que deveria ser feito na moto, enquanto isso, a galera foi para o centro comprar mais algumas lembranças.

Depois do trabalho realizado, o Barbosa já estava me esperando na frente da oficina, fui abastecer a motoca e seguimos para o hotel, para pegar minhas coisas, eles resolveram me acompanhar até a fronteira com o Peru, um fato que me chamou a atenção, foi um trabalho de remoção de minas terrestres que está ocorrendo próximo da fronteira, fiquei muito feliz com isso, o Chile é um dos poucos países que ainda utiliza essa forma desumana de defesa de suas fronteiras (já tinha visto placas de minas terrestres, na Terra do Fogo, próximo de Ushuaia).

Despedi da galera e cheguei na Aduana do Chile às 12:40 hrs, apesar de ter muita gente (vários carros, alguns ônibus) foi tudo rápido e organizado, fizeram um revista superficial da minha bagagem e me liberaram, agora na Aduana do Peru foi tudo mais complicado, peguei uma fila enorme, mas eram vários guichês e a fila foi andando, quando achava que estava tudo resolvido, fui até a moto e um fiscal me perguntou se já tinha feito o permisso, falei que não, ele soltou um "tá fudido", que deve ter aprendido com algum brasileiro. rsrsrsrs

Fui até o guichê informado por ele, mas não tinha ninguém, pedi informação para um militar e logo ele foi chamar uma moça para me atender, ela fui muito rápida e competente, inclusive tirando cópias de alguns documentos meus (não precisei usar as cópias que já tinha levado), voltando para a moto, ainda brinquei com o fiscal "fudido... no más". rsrsrsrsrs

Já era quase 14:00 hrs e estava morrendo de fome, na entrada de Tacna, vi uma placa de Zona Franca e fui entrar com intenção de comprar alguns perfumes, mas era somente para venda de veículos (usados, importados do Japão), desisti da compra e fui para o centro, achei tudo muito limpo e organizado, parei em uma lanchonete e comi um big lanche, achei um pouco caro, ficou em 15,50 soles (coisa de R$ 10,00), mas valeu a pena, muito bem feito e bem sortido, estava ótimo.

Segui em frente, no caminho fiquei impressionado pelos Geóglifos feitos pelo exército nos morros ao redor de Tacna, coisa linda mesmo, imaginei o trabalho que deu fazer tudo aquilo mas, como lá é muito raro chover, esse trabalho dura muito tempo.

Fui apreciando aquelas paisagens lindas, cruzei com alguns moto viajantes na estrada, mas só trocamos acenos, parei algumas vezes para fotografar e logo cheguei em Moquegua. Parei no primeiro posto para abastecer e fiquei meio perdido, pois a unidade de medida é o galão ao invés de litros, também aproveitei para comprar um litro de líquido para radiador (refrigerante), pois já tinha percebido em Arica que estava abaixo do nível mínimo.

Parei no primeiro hotel que vi, o preço estava bom, mas não havia garagem, continuei andando e localizei outro, gostei do lugar (bem simples), mas tinha local interno para guardar a moto, o atendente ficava perguntando coisas sobre o Brasil, mas estava comendo e falava com a boca cheia, não entendia 20% do que ele falava, mas ia respondendo o que imagina que ele estava perguntando, foi ilário, eu querendo ir logo mexer com as minhas coisas e ele não parava de falar, mas consegui despistá-lo falando que ia tomar um banho. rsrsrsrsrsrs

Após o banho, fui completar o nível do líquido do radiador e aproveitei para fazer uma limpeza no sistema. Em seguida fui até um banco trocar alguns dólares por soles, pois não estava previsto a minha pernoite no Peru ficando, portanto, insuficiente o câmbio que eu havia feito em Arica, em seguida fui em uma Lan House e também comprei algumas coisas que estava precisando, depois ainda levei minha calça de viagem (de trilha), para colocar um botão de pressão, pois o anterior havia arrebentado.

Enquanto estava mexendo com a moto, um senhor que também devia estar hospedado no hotel, veio me perguntar algumas coisas sobre a viagem, conversamos bastante, tendo um entendimento 100%, ele chegou a perguntar se eu era peruano, devido a falar muito bem o espanhol, mas tenho certeza que foi devido a forma tranquila dele falar, como eu compreendia bem e, já estava vários dias falando espanhol, conseguia responder com total clareza, fiquei orgulhoso do meu espanhol. rsrsrsrsrs

A noite, percebi que havia mais um motociclista hospedado no hotel, com uma Harley, como achei que a gente poderia desencontrar de horário, deixei um adesivo entre o banco e o tanque da moto e fui jantar, paguei um preço irrisório em um restaurante chinês, 6 soles por um prato de macarrão com legumes e carnes (era feito na entrada do restaurante, defronte a rua) e um refrigerante inca cola de meio litro (equivalente à R$ 4,00).

Já tinha voltado do jantar e estava assistindo TV, já meio grogue de sono e bateram na porta, era o motociclista, querendo me conhecer e agradecendo pelo adesivo, ele era um francês e estava vindo de Lima-PU, com destino a Santiago-CH, viajava com sua esposa peruana e teve um problema no rolamento da roda traseira, teve um pneu furado e o borracheiro não montou a roda corretamente, era seu aniversário e me convidou para ir com eles comemorar, como ainda estava tomando remédio para a garganta (antibiótico), estava com muito sono e teria um longo trecho no dia seguinte, resolvi não ir, mas agradeci pelo convite.



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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 32 - 16/10/2010 - Moquegua-PU à La Paz-BO - 440 Km

Tive uma ótima noite de sono, acordei por volta das 08:00 hrs, dei uma ajeitada nas minhas coisas e sai em busca de um café da manhã, mas era cedo demais, com as duas horas de diferença pelo fuso horário, ainda estava tudo fechado, mas o sol já se fazia presente, aproveitei para caminhar pelas ruas tranquilas de Moquegua, vi os contrastes da praça central vazia de manhã ao contrário da noite anterior, com muita gente nas ruas.

Uma meia hora depois, encontrei um barzinho aberto e tomei um café bem meia boca, depois fui dar umas voltas no Mercado Municipal, mas não gostei, muita sujeira, em seguida ainda fui em uma Lan House mandar notícias para os amigos.

Voltei ao hotel e tinha um mecânico tentando tirar a roda da Harley do amigo francês, ainda emprestei um alicate para ele, mas a coisa estava complicada, tentei ajudar mas não estava dando certo, logo depois fui procurar um banco para tentar trocas os pesos chilenos que ainda me restavam, mas não consegui eles só trocavam dolares ou euros por soles.

Retornei ao hotel, terminei por instalar minhas bagagens na moto e pedi meu alicate de volta, o mecanico teria que se virar com as ferramentas que tinha, despedi dos novos amigos e sai de Moquegua às 11:30 hrs, em poucos quilometros já começa a subida da Cordilheira, no início com muita vegetação, que vai sumindo enquanto a estrada para serpenteando montanha acima, fui bem tranquilo, aprecisando bastante a paisagem, até voltei um pequeno trecho para tirar uma foto que achei interessante.

Menos de 50 km depois, passei por uma pequena cidade que não lembro o nome, vi um posto de gasolina, mas achei que não era necessário abastecer, conforme ia subindo, o frio ia pegando e o mal de altitude (soroche) começava a me incomodar.

Parei para colocar mais roupas, estava sol mas não esquentava, um pouco mais adiante parei em um vilarejo de nome Chilligua e "almocei" refrigerante (gaseosa) e bolacha, já havia comido isso no café da manhã, as pessoas da vila eram muito simples e tinham vergonha do forasteiro, a menina que tomava conta da vendinha mal respondia minhas perguntas e conversava com outras pessoas em uma lingua diferente do espanhol.

Um pouco mais adiante, as subidas deram uma tregua e começou o altiplano peruano, passei por rodovia em obras, a atenção teve que ser redobrada, apesar de estar bem zureta pela altitude, mais a frente, tive que parar novamente para colocar a roupa de chuva, pois o frio estava demais, aproveitei para mascar um punhado de folhas de coca, pois a dor de cabeça estava grande.

Rodei mais um pouco e o céu de fechou, ficou bem escuro, achei que iria chover, com aquele frio, se tivesse alguma precipitação seria neve e não chuva, mas não caiu nada, somente um pouco de umidade e alguns pingos aqui e outros ali.

Os quilometros foram passando e nada de cidade ou posto de gasolina, já estava ficando preocupado com a autonomia, em determinado local, vi uma pick up velha parada a beira da estrada, parei para me informar sobre combustível, bem ao lado existia algumas casas simples de barro, com cobertura de palha, o senhor que pedi informação chamou uma mulher e perguntou se ela tinha gasolina, com sua afirmativa pedi dois galões (algo em torno de 7 litros), o que seria suficiente para chegar à Bolívia. Moto abastecida e vamos para a estrada novamente.

Já bem perto de Desaguadero, presenciei uma cena bem interessante, um casamente peruano, era a beira da estrada em um pequeno vilarejo, com palco, música, muita alegria, fiquei de longe, não me aproximei, mas conversei com algumas pessoas, foi rápido mas gostei.

Desaguadero foi um caso a parte, ô cidade confusa, chegando na cidade vi algumas pessoas vendendo gasolina a beira de estrada, nem me preocupei, pensei, na Bolívia é bem mais barato, vou deixar para abastecer lá, em uma bifurcação da rodovia, peguei a direita, andei uns 3 quilometros e cheguei em uma aduana, mas me informaram que era apenas para caminhões, carros e motos deveriam ir pela outra estrada, assim eu fiz e cheguei no centro, aproveitei para tomar meu café da tarde, que foi, para variar, bolacha e refrigerante.

Depois de abastecer o estômago, fui procurar a tal aduana, cheguei a perguntar a um policial, mas não entendi sua explicação, voltei para rodovia e percebi que estava errado, retornei a cidade e perguntei novamente, o caminho era através de uma rua com barraquinhas dos dois lados e no centro, parecia que estava atravessando uma feira livre, depois da referida rua já estão a aduana e a imigração, os tramites foram rápidos, mas fui achacado após tudo resolvido, fui chamado em uma sala e me falaram que tinha que pagar 5 soles para o município, perguntei sera era o pedágio da ponte (peaje de la puente), falaram que sim, como não estava a fim de arrumar encrenca, paguei, peguei o recibo e passei para o lado boliviano.

Na Bolívia os tramites foram um pouco mais demorados, mas também deu tudo certo, tive uma pequena dificuldade em me localizar (imigração e aduana), a moça da imigração foi bem seca, mas fui rápida, já o trabalho da aduana é mais demorado, teve que digitar todos os dados da motoca para fazer o permisso de ingresso na Bolívia, mas o cara era muito gente boa, ainda perguntou algumas coisa sobre o Brasil.

As 18:30 hrs já estava livre para seguir viagem, ainda procurei um posto de gasolina, mas não havia combustível, pelo jeito isso é uma constante para aquelas bandas, pelo preço ser bem inferior ao do Peru, o que chega é contrabandeado, por isso nem se preocupam com o abastecimento daqueles postos.

Logo saindo de Desaguadero-BO (sim, são duas cidades com o mesmo nome, Desaguadero-PU e Desaguadero-BO) fui parado em uma barreira policial, mandaram ir na base para anotar meus dados (já pensei, lá vem a cobrança de propina), mas foi tranquilo, só fizeram as anotações, eu fui tirando fotos de tudo e conversando o tempo todo, logo chegou um superior e me comprimentou, peguei meus documentos e fui embora, enquanto anotavam meus dados, algumas pessoas passaram de carro e deixam sua "contribuição" em cima da mesa.

Segui viagem, ainda tinha bastante chão até La Paz, ainda parei em mais dois postos de gasolina e nada, fui seguindo em frente, em baixa velocidade para o combustível render mais, logo cheguei em Tiwanaku e tinha combustível, mas cobraram um pouco mais caro que o normal (na Bolívia a gasolina é tabela, o mesmo preço para o país todo), não me importei, enchi o tanque e enrolei o cabo, para chegar em La Paz o mais rápido possível.

Chegando em El Alto, uma confusão generalizada, muitos ônibus e vans lotavam a rua, tudo parado, não havia espaço para passar com a moto, assim que dava uma brecha, eu passava, mas estava difícil, já era noite e eu estava muito cansado, o negócio era ter paciência e ir andando.

Eram por volta das 20:30 hrs quando estava descendo para o calderão (La Paz fica em uma cratera), chegando na parte mais central o transito louco continuava, agora eram os taxis que paravam em qualquer lugar, fechadas de monte, tinha que continuar com muita atenção e paciência, apanhei bastante para achar um hotel, o primeiro que o GPS indicou era um 5 estrelas, o preço era muito alto, continuei procurando, achei um 3 estrelas, o preço estava razoável, mas o atendente não achou a chave da garagem, encontrei outro 3 estrelas e deu tudo certo, mas o estacionamento (conveniado) ela longe, descarreguei as bagagens e um funcionário do hotel foi na minha garupa (sem capacete) até o estacionamento, voltamos conversando, ele adora motos e acompanha bastante as coisas que saem na TV sobre o Brasil.

Eu estava com o estômago nas costas, morrendo de fome e queria comer comida de verdade, mas estava difícil, tomei um banho rápido e desci para a recepção do hotel, me indicaram um restaurante brasileiro (será?) na mesma rua, um pouco mais para baixo, consegui encontrar, mas estava fechado, em frente havia um restaurante peruano, com frutos do mar, resolvi comer por ali mesmo, pois a outra opção seria comer um lanche um tanto quanto duvidoso na rua.

Comi muito bem, um pouco caro para os padrões bolivianos, mas valeu a pena, gastei o equivalente a R$ 18,30.

Voltei ao hotel e ainda usei a internet, que estava disponível para os hóspedes.



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MOTO:
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Dia 33 - 17/10/2010 - La Paz-BO à Cochabamba-BO - 408 Km

Tive uma excelente noite, acordei já era quase 09:00 hrs com o quarto todo iluminado, fiquei no último andar e o quarto era todo de vidro, inclusive em boa parte do teto, as cortinas eram finas, deixando a claridade entrar com vontade, tirei algumas fotos e fui tomar o bom café da manhã, melhor que os servidos na Argentina e Chile, mas ainda não tão bom quanto os brasileiros.

Arrumei toda minha bagagem e deixei na recepção do hotel, fui buscar a motoca no estacionamento e ainda lubriquei a corrente por lá, depois de tudo pronto, fui procurar a estação rodoviária, pois era domingo e me informaram que somente lá haveria casa de câmbio aberta, pois precisava trocar meus pesos chilenos e soles peruanos que haviam restado.

Cheguei na rodoviária por volta das 11:30 hrs, rapidamente achei a casa de câmbio e fiz as trocas de moedas, a rodoviária era bem limpa e organizada, penso que também seria válido fazer uma viagem dessas de ônibus, com certeza uma aventura diferente.

Com o auxílio do GPS comecei a deixar o centro com destino a rodovia, as ruas são bem confusas, e ainda cheguei em uma rua que estava ocorrendo uma feira livre, peguei por outro lado, atravessei um trecho da feira e conversei com dois bolivianos que estavam com uma V-Strom 650 e uma Falcon, inclusive me falaram para ir conhecer Coroico, mas não havia mais tempo, tinha que seguir viagem.

Aos poucous, fui subindo, subindo, e logo cheguei em El Alto, ainda fui procurar um anel de borracha, para prender o GPS no meu suporte tabajara, pois tinha perdido um deles, mas não encontrei, improvisei a fixação com a própria alça do GPS e segui assim mesmo.

Já tinha rodado perto de uma hora e o frio estava apertando, o tempo estava nublado e ventava bastante, ultrapassei um ciclista, com a bike com alforges dianteiros e traseiros, pedalando naquela ventania. Parei para colocar mais roupas, ele passou por mim e seguiu em frente, quando a gente acha que é maluco, sempre tem gente mais maluca ainda. rsrsrsrsrs

Com apenas 115 km rodados, parei para abastecer em Sicasica, com a falta de combustível que ocorre na Bolívia, é bom não perder tempo, o negócio é abastecer sempre que possível, antes de Sicasica, passei por vários postos de gasolina desativados.

As paisagens eram lindas e rodava no Altiplano Boliviano, 80 km mais adiante cheguei em Caracollo, onde tem o trevo que segue para Uyuni, abasteci novamente e, de agora em diante, era estrada que eu já conhecia, por que já tinha passado por ali em 2008, logo começou a descida da Cordilheira, muitas curvas, algumas traiçoeiras, mas continuei tranquilo, ia apreciando a paisagem, numa dessas, me distraí com uma montanha bem vermelha e fui um pouco para a contramão, nisso uma van fez a curva e tive que fazer uma manobra rápida para voltar para minha mão de direção, não podemos relaxar a atenção nem por um segundo, pois as consequencias podem ser desastrosas.

Cheguei em Cochabamba por volta das 18:30 hrs, com o auxílio do GPS achei facilmente um hotel e fiquei no primeiro que achei, era outro 3 estrelas a um preço razoável, estacionei a moto na calçada e descarreguei minhas coisas, fui com o mensageiro do hotel na minha garupa (novamente sem capacete, é claro) até o estacionamento, que ficava a umas três quadras do hotel, mas estava fechado, a recepcionista falou que podia deixar a moto ali na calçada, encostada no vidro do hotel que ninguém mexia, e que o estacionamento abriria mais tarde.

Tomei um banho, assisti um pouco de TV (a cabo) e fui, desta vez sozinho, guardar a motoca no estacionamento, que estava aberto. Em seguida fui jantar, em um restaurante, tipo fast food de frango, em frente ao hotel, fiquei com um pouco de medo de andar a noite pela região, pois os contrastes de riqueza e pobreza são muito grandes, voltei para o hotel, usei um pouco de internet (também livre para os hospedes), assisti mais um pouco de TV (fazia tempo que não fazia isso) e fui dormir.


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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 34 - 18/10/2010 - Cochabamba-BO à Santa Cruz de La Sierra-BO - 496 Km

Acordei por volta das 08:00 hrs e fiquei curtindo o conforto do excelente hotel, desci para tomar o bom café da manhã e retornei para o quarto, fiz algumas anotações que estavam pedentes e fiquei assistindo "As branquelas" que passava na tv a cabo (em espanhol, claro).

Depois arrumei minha bagagem e levei até o saguão do hotel, fui até o estacionamento buscar a motoca, o clima já estava agradável, arrumei tudo e saí por volta das 11:00 hrs pois a distância a ser percorrida naquele dia não era muito grande.

Aproveitei para apreciar as belezas dessa grande cidade boliviana, os contrastes de uma cidade moderna, carros de luxo e a pobreza nas esquinas com venda de produtos por ambulantes.

O que era para ser um trecho tranquilo, com trecho curto e trajeto conhecido (já havia passado por ali em 2008) mostrou-se mais um desafio.

A temperatura que estava bem agradável em Cochabamba (até encomodava quando parado) caia cada vez mais, com a subida da Cordilheira (sim, para seguir para Santa Cruz, ainda tem que subir para depois descer bastante).

Ao chegar na Laguna Corani já estava bem frio e começava uma neblina densa, mas dava para pilotar numa boa, cheguei a 3.600 metros de altitude e logo começou a descida, a neblina se tornou muito densa, úmida e a visibilidade era mínima, não dava para ver mais do que uns 3 a 4 metros à frente, a neblina estava molhando bastante e o frio estava demais.

Fiquei apavorado, morrendo de medo de ser atropelado por falta de visibilidade, quando escutava algum veículo por perto (não sabia que sentido estava vindo), começava a buzinar sem parar, para que me ouvisse, já que não era possível ver nada, um pouco mais a frente a neblina diminuiu, bem onde tinha um ônibus quebrado (na pista, pois não havia acostamento), percebi que era o momento para colocar minha capa de chuva, retornei e parei fora da pista, pouco coisa à frente do ônibus.

Logo que parei a neblina retornou e fechou tudo novamente, fiquei muito apreensivo, era um local muito perigoso, o ônibus quebrado estava sentido subindo, os veículos que subiam tinham que parar e escutar para saber se não vinha ninguém e assim sair para a outra pista e fazer a ultrapassagem.

Enquanto isso, fui pegar a capa de chuva e vestí-la, tudo muito devagar, devido a altitude, também fiquei observando uma mulher, com roupas típicas bolivianas que estava sentada sobre uma pedra, totalmente imóvel e calada, possivelmente tomando conta do ônibus mas, devido a neblina, não dava para ter certeza se era real, minha imaginação ou uma alma penada, não me aproximei para ter certeza. rsrsrsrsrs

Logo, quase presenciei um acidente, um ônibus estava subindo e tirou para a outra pista, nisso vinha descendo um caminhão cegonha vazio em velocidade alta para aquela situação de visibilidade nula, o caminhão travou as rodas, jogou um pouco para a direita e parou quase caindo no precipício, o ônibus parou e tinha veículos atrás, um carro passou pelo lado direito do ônibus quebrado, para que o outro ônibus pudesse voltar de ré (como sempre, o tamanho é documento, quanto maior, mais tem preferência no trânsito), por fim tudo voltou ao normal, me posicionei na motoca e aguardei o silêncio retornar para seguir viagem.

Mais uns 20 km rodados e a neblina foi indo embora, logo cheguei no caminhão cegonha e fui atrás dele por um bom tempo, o usando como "escudo" naquele local "temeroso".

Logo cheguei no controle anti-drogas de El Sillar, mas foi tudo muito rápido, só perguntaram para onde ia, nem pediram os documentos nem revistaram a moto (em 2008 também não tivemos problemas quando passamos por ali).

Depois foi tudo tranquilo até Villa Tunari, apesar de vários trechos "geologicamente instáveis", onde o asfalto era substituído por terra e pedras e, devido a umidade, estavam muito lisos, passava com cuidado e deu tudo certo.

Em Villa Tunari o problema era o combustível, passei por um posto com filas enormes, segui um pouco mais adiante e percebi que só tinha aquele posto, retornei e entrei na fila, atrás dos carros, em pouco tempo encostou uma moto ao lado da minha e fiquei conversando com o boliviano que queria saber sobre a viagem, depois ele me falou que moto não precisava ficar na fila, podia ir direto, mas já estava chegando, só tinha uns dois carros na minha frente, logo o frentista veio de avisar do mesmo, agradeci a falei que esperaria minha vez, estava aproveitando para descansar, também tomei um sorvete enquanto esperava.

Depois da motoca abastecida, o estômago começou a reclamar, a fome não era muita, mas já se fazia presente, o café da manhã do hotel foi bom, mas já eram mais de 15:00 hrs. Rodei um pouco e vi um restaurante próximo de um rio com muitos carros parados em frente, entrei, sentei e fiquei observando, logo a garçonete trouxe uns pratos prontos para um grupo que estava em uma mesa ao lado, os pratos eram muito bem servidos, com arroz, salada, batata cozida (com casca) e peixe frito (enorme).

Perguntei se não havia pratos menores (mais chicos) e mais baratos (economicos), a garçonete falou que não, só teriam daquela forma (me entendia com muita dificuldade), pedi então um prato de salada (ensalada) e um suco (del valle de litro em garrafa).

Depois de comer fui ao banheiro e constatei que a higiene não era o forte do estabelecimento, o fundo era cheio de lama, com animais (porco, galinha, etc) soltos e esgoto correndo a céu aberto, com certeza se tivesse ido ao banheiro primeiro, nem comeria alí, felizmente a salada caiu bem no meu estômago e não tive problema algum.

Dali ainda teria mais 330 km pela frente, mas em uma planície gostosa de pilotar, em uma temperatura muito agradável, tendo apenas que me preocupar com as centenas de carros, tipo Toyota Corolla antigo, que fazem o serviço de "lotação" por aquelas bandas.

Passei também por Yapacani, onde tive que enfrentar uma fila enorme, dessa vez de motos, para o abastecimento, não precisa nem dizer que fui o centro das atenções, alguns "mais corajosos" vinham me perguntar sobre a moto e a viagem.

Depois parei em Monteiro para um lanche, quando já começava a escurecer, não é bom pilotar no "lusco fusco", parei próximo de um pedágio (moto não paga) e comi bolacha com torrone e tomei um refri.

Logo a estrada melhorou e segui para Santa Cruz, onde cheguei por volta das 20:30 hrs, minha intenção era ficar no mesmo hotel de 2008, mas não sabia o nome nem o endereço, comecei a procurar as "sugestões" do GPS, mas o trânsito estava complicado e a motoca aquecendo muito, ficava todo o tempo com a ventoinha ligada, nisso avistei um "Burguer King", decidi que a prioridade naquele momento era comer, que procuraria o hotel depois.

Foi uma decisão acertada, comi muito bem, a motoca esfriou e o trânsito melhorou, logo achei o Hotel Suiza e fiquei por lá. O problema é que o atendente me deu as chaves de um quarto que não havia sido limpo, cheguei e estava uma zona, com toalhas jogadas no chão, cama desarrumada, etc, deixei minhas coisa lá (estava com tudo, baú, alforges, capacete, jaqueta, etc) e desci para pedir outro quarto, o recepcionista subiu para ver se era verdade o que eu tinha falado, depois desceu novamente pegar a chave de outro quarto e me levou até lá (no último andar), o quarto era enorme e aconchegante, tomei um banho rápido e sai para a rua, precisava encontrar uma lan house para dar notícias.

Desta vez, saí a pé, passei pela praça que tem ao lado do hotel, depois segui por uma avenida com vários barzinhos e restaurantes chiques (deve ser uma grana comer e/ou beber por lá), depois passei em frente ao Burquer King, atravessei a avenida e encontrei uma lan house aberta, já era quase 22:30 hrs, fiquei só meia hora que logo a lan fecharia, retornei ao hotel com bastante medo de ser assaltado (cidade grande sempre é uma incógnita) mas deu tudo certo.

Estava muito aprensivo sobre como seria o dia seguinte, pois a distância era considerável (mais de 600 km) e teria um trecho de 120 km de terra (segundo informações) e, se chovesse, ficaria impraticável fazer esse trecho em um dia.


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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 35 - 19/10/2010 - Santa Cruz de La Sierra-BO à Corumbá-MS - 727 Km

Acordei às 08:00 hrs e o sol já se fazia presente, prometendo um dia lindo de muito calor. Rapidamente arrumei minhas bagagens e desci para tomar o fraco café da manhã do hotel, que consistiu somente em uma xícara de café com leite e um pão redondo, mas até que estava bom.

Saí com facilidade da cidade, graças ao auxílio do GPS, logo parei para abastecer, já na rodovia, e comprei uma garrafa de água, pois o calor já estava forte, rodei pouco e parei na próxima cidade, em Cotoca-BO, para lubrificar a corrente visto que meu óleo já tinha acabado, era uma oficina bem simples, mas eles montavam motos chinesas para venda.

Logo cheguei em uma grande ponte nova e parei para tirar algumas fotos, bem ao lado fica a antiga ponte onde passava todo o trânsito de trem e veículos em que passamos um perrengue em 2008, onde quase caí dentro da ponte (a gente trafegava sobre vigas de madeira) e o Ed caiu logo que terminou a ponte, ao passar sobre os trilhos do trem.

Um pouco mais adiante, em Três Cruzes, parei para abastecer, só tinha rodado pouco mais de 100 km, mas era melhor não vacilar e procurar andar sempre com o tanque cheio.

Continuei na belíssima estrada, toda em concreto e perfeita, só com muita atenção com os animais (cavalos, vacas, etc) que são abundantes naquela região e ficam soltas a beira de estrada, o trecho ainda estava em obras, mas só de acabamento.

Mais adiante acabou a parte pavimentada e chegou o trecho de terra (que haviam me informado que seriam 120 km), logo no início uma grande reta, com muito buraco e poeira além de vários caminhões nos dois sentidos, rodei um pouco e parei sob algumas árvores, estava uma sombra agradável e próximo do meio dia, aproveitei para "almoçar", ou seja, comer algumas bolachas que tinham sobrado dos dias anteriores e beber água.

Alimentado, me preparei para o grande trecho de terra, a estrada permaneceu reta e plana por uns 10 km, com muitos buracos, depois de uma curva a direita começou o trecho sinuoso, com subidas e descidas, só que com menos buracos, eu andava rápido, ainda tinha muito para rodar, em um trecho com areia quase caí por duas vezes, fiz a curva e a roda dianteira derrapou, só dei a famosa "patada" e acelerei novamente, a moto escorregou de novo e tive que corrigir novamente, daí percebi que o trecho de areia era grande e diminui a velocidade para atravessar.

Logo começou o trecho em obras onde tinha que andar pelas laterais da pista, em desvios, com muitas pedras e alguns locais alagados, com grandes poças d´água em que o piso era muito liso, mas fui com cuidado e atravessei sem problemas, para minha surpresa cheguei em uma ponte e o trecho pavimentado voltou, fora apenas 48 km de terra, rapidamente cheguei em São José de Chiquitos-BO, nem entrei na cidade, só abasteci a motoca e tomei um refri e um red bull (não havia nada para comer no posto).

Toquei até Roboré-BO, agora bem mais tranquilo, entrei na cidade, tirei algumas fotos na praça da cidade e procurei um local para comer, mas já era tarde e não tinha nada disponível, só tomei mais um refri e um sorvete e fui procurar o posto de gasolina.

A fila era grande e a única bomba de combustível era escoltada pelo exército, conversei com vários motociclistas e fiquei torrando sob o forte sol, depois de abastecido, não queria voltar pelo mesmo caminho e fui desbravar novos caminhos, fui até a entrada da base do exército, depois segui a indicação do GPS que, com certeza, é o trajeto da estrada velha, toda em terra, andei um pouco e cheguei em um rio, tinha que atravessar por dentro e não tinha noção da profundidade, já estava até pensando em retornar, mas estava vindo dois homens com cachorros e perguntei como passar, me falaram para passar pela direita que era mais raso, fui contando que teria ajuda caso caí-se com a motoca dentro do rio, pela parte mais rasa ainda deu uns 40 cms de água mas a motoca passou de boa, só que molhei minhas botas, mas faz parte.

Segui até El Carmen, achei um boné na estrada e voltei para pegar, depois parei ao lado da estação ferroviária da cidade, onde passa o famoso "Trem da Morte", comi uma Tortilla e tomei um refri, depois fui procurar gasolina, não tinha posto mas encontrei um gasolineiro (é só ficar atento, onde tem moto, tem gasolina) e só comprei 3 litros, pois estava cobrando 7 bolivianos o litro, ou seja, o dobro do preço no posto de gasolina.

Cheguei em Puerto Suarez-BO já no final da tarde, a corrente estava horrível, estralando bastante, fui até a cidade e tentei comprar uma corrente nova e um pneu traseiro, mas não tinha nada para moto grande, somente para motos pequenas.

Fui até um local que faz troca de óleo e consegui uma bela limpeza e lubricação na corrente, além de regulá-la, em seguida fui até a Aduana, que ainda estava aberta, fiz os tramites de saída da motoca, o policial encrencou com a sujeira da licença (placa) da moto, mas falei que não tinha com que limpar (não tinha mesmo), ele deixou quieto e liberou minha saída, mas a Imigração já estava fechada, dessa forma eu teria que voltar no dia seguinte para fazer a minha saída.

Passei pela Aduana brasileira sem problema algum, nem me pararam para ver documentação ou revista, tudo tranquilo, só cumprimentei os políciais e segui em frente, fui procurar um posto de gasolina e só coloquei R$ 20,00 pois a gasolina estava muito cara (em Puerto Suarez não havia combustível), em seguida fui até a praça central de Corumbá-MS e liguei para o amigo Beto Corumbá, já estava instalado em uma lanchonete e pedi uma Skol estupidante gelada (estava a dias sem poder beber, pois estava tomando remédios devido ao problema de garganta que tive no Chile).

Logo o Beto chegou, tomamos várias cervejas, comi um lanche enorme e porção de batatas fritas, conversamos bastante sobre motos e viagens, bebemos mais um pouco e ele foi me levar até o hotel, deixei minhas coisas lá e voltei para a rua, era uma felicidade enorme estar de volta ao meu país, liguei para a família do meu celular (já estava a muito dias usando só como relógio e para ouvir músicas) e fui procurar outro buteco para beber mais um pouco (a lanchonete já tinha fechado).

Voltei para o hotel já era quase 03:00 hrs da manhã, estava sem preocupação, pois não adiantava acordar cedo, porque teria que voltar à Bolívia para carimbar a saída no meu passaporte.

Vista do Hotel Suíça
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Café da Manhã "Ralo"
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Oficina em Cotoca-BO
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Ponte Nova
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Ponte Antiga
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Pausa para "almoço" na sombra
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Primeiros 10 km do trecho de terra
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Trecho sinuoso
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Poça nos "desvios"
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San José de Chiquitos
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Trecho Pavimentado
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Muitos animais na pista
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Paisagens maravilhosas
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Roboré-BO
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Roboré-BO
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Posto de Gasolina com escolta do exército
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Trecho na estrada antiga
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El Carmen-BO
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Puerto Suarez-BO
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Fronteira Bolívia-Brasil
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Lanche no capricho em Corumbá-MS
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NelsonBad e Beto Corumbá
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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 36 - 20/10/2010 - Corumbá-MS à Bataguassu-MS - 780 Km

Acordei às 09:00 hrs, muito mal de ressaca, desci para tomar o café da manhã e o tinha perdido, pois só o serviam até às 08:30 hrs, tomei um refrigerante e fui até a casa do Beto, conversei mais um pouco com ele e com o seu pai, depois segui para a Bolívia, ainda tentei comprar um pneu, mas fui em várias lojas e não consegui nada, fiz rapidamente a saída no meu passaporte.

Voltei a lanchonete do dia anterior, comi um lanche e tomei um suco de laranja, encontrei uma lan house e atualizei as informações no blog e fóruns, voltei para o hotel e fiquei desfrutando um pouco do ar condicionado, além de criar coragem para pegar a estrada.

Só saí de Corumbá por volta de meio-dia, rodei pouco e parei em um restaurante a beira de estrada, onde tinha vários caminhões parados, comi muito bem e tomei uma tubaina por R$ 9,50 (no dia anterior, gastei R$ 72,00 entre cerveja, lanche e porção). Logo mais a frente tive que pagar pedágio para atravessar a ponte sobre o Rio Paraguai e segui cortando a belíssima região do pantanal mato-grossense, infelizmente muitos animais atropelados às margens da rodovia.

O calor estava demais, parei em Miranda-MS para abastecer, tomei um energético e comprei uma garrafa de água. Rodei mais um pouco e logo estourou a corrente da motoca, por sorte vi uma sombra um pouco a frente e fui no embalo até chegar lá. Retornei para pegar a corrente mas ela estava péssima, toda torta, tirei a bagagem da moto e coloquei minha corrente reserva, pouca coisa à frente estava um caminhão de manutenção da estrada, onde vários trabalhadores com roçadeiras limpavam às margens da rodovia, o encarregado dos trabalhos veio falar comigo para ver se estava precisando de alguma coisa, conversamos sobre motos e viagens, terminei meu serviço e ele me arrumou detergente para lavar as mãos e água gelada para beber.

Toquei até Campo Grande-MS, parei para abastecer e presenciei uma cena ilária e quase trágica, um cara parou uma CG atrás de uma carreta para atender o celular e a carreta começou a dar ré, ele começou a empurrar a moto para trás e todos começaram a gritar para a motorista parar, ela parou, mas chegou a derrubar a moto e, por pouco, não passou por cima, logo desceu uma loira linda (a motorista) para ver o que tinha acontecido, ainda bem que não houve danos e só ficou o susto.

Segui até o porto de areia do meu tio João, mas já estava fechado (segunda vez que passo por Campo Grande e consigo encontrá-lo), só estava o segurança, conversamos um pouco e segui para Bataguassu-MS, para pernoitar na fazenda da minha avó.

Logo anoiteceu e o trecho parou de render, muito inseto no início da noite, sujando toda a viseira, parei em Nova Alvorada do Sul-MS para abastecer e tomei um suco de caju, também liguei para minha avó avisando que iria chegar bem tarde.

A partir daí a viagem começou a complicar, muitos trechos em obras, com diversos paros (tráfego somente em um sentido), o farol da moto não era suficiente para rodar em alta velocidade com segurança, até que fui ultrapassado por uma pick Toyota Hilux, com 4 faróis de xenon, que iluminavam demais, comecei a seguí-la, fazendo a viagem render "na marra", teve trecho que tive que andar a 160 km/h para acompanhá-la.

Segui a Hilux até o trevo de Nova Andradina, onde ela parou e também parei para comer um salgado e tomar um refri, conversei um pouco com o motorista e os passageiros (estavam em 4 pessoas) e voltei para a estrada.

Ainda tentei pegar uns "limpa trilhos" pela frente, mas estava difícil, alguns andavam bem em uns trechos, mas ficavam lerdos demais em outros. Cheguei em Bataguassu-MS às 22:30 hrs, abasteci e logo segui para a fazenda da minha avó, minha prima Ezilda ainda estava acordada e esquentou a janta para mim, conversamos um pouco e fui dormir por volta da meia-noite.

Corumbá-MS
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Fronteira Brasil-Bolívia
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Pantanal Mato-grossense
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Pantanal Mato-grossense
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Trevo para Bodoquena
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Miranda-MS
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Miranda-MS
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Miranda-MS
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Miranda-MS
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Miranda-MS
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Miranda-MS
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Miranda-MS
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Mais uma corrente arrebentada para o currículo
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Mais uma corrente arrebentada para o currículo
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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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Dia 37 - 21/10/2010 - Bataguassu-MS à Ibiúna-SP - 671 Km

Acordei por volta das 08:00 hrs, tomei um delicioso café da manhã e fiquei de bobeira, andei um pouco pela fazenda, conversei com minha avó Dolores e minha tia Elvira, uma tristeza foi tomando conta de mim, a viagem estava acabando, só tinha um pequeno trecho pela frente, já muito conhecido de tantas outras viagens, mas vamos em frente, vamos concluir a viagem, tem que tomar todo o cuidado com o trecho final, não pode perder a concentração nunca, relaxar só quando tiver para dentro do portão da minha casa.

Às 09:00 hrs já estava na estrada, apreciei a já velha conhecida ponte sobre o Rio Paraná, peguei a Rodovia Raposo Tavares e logo passei por Presidente Prudente. Em Rancharia fui parado por um policial rodoviário, mas nem me pediu minha documentação, conversamos sobre a viagem (fiquei preocupado de ele encrencar com meu pneu traseiro que estava careca, mas não falou nada) lhe dei um adesivo e perguntei sobre posto de gasolina, me falou que o próximo estava desativado, só tinha lanchonete e restaurante, que mais uns 30 km a diante haveria combustível, me passou o fone da concessionária e, se houve pane seca ou outro problema era só ligar para eles que me socorreriam.

Parei no primeiro posto para almoçar, ficou meio caro mas valeu a pena, excelente comida, toquei até o próximo posto e a gasolina acabou já chegando no posto, consegui ir no embalo até a bomba. Fiz uma viagem tranquila, logo cheguei na Rod. Castelo Branco e as coisas facilitaram ainda mais, cheguei em Mairinque às 17:30 hrs e às 19:00 hrs já estava no Bar do Carlinhos, em Ibiúna, comemorando com os amigos mais uma viagem bem sucedida.

Fazenda da minha avó
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Dolores, Elvira e Nelson
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Próximo da Divisa MS-SP
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Próximo da Divisa MS-SP
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Próximo da Divisa MS-SP
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Ponte sobre o Rio Paraná
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Polícia Rodoviária
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Polícia Rodoviária
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Almoço delicioso
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Motoca abastecida
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Nelson, Cidão e Carlinhos
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MOTO:
Mobi 81; DT180 83; XLX250 85; Dakar 88; XLX250 85; Elefantre 89; DT200 95; XT600 97; Falc 00; Biz 99; NX200 99; Torn 02; XR 200 96; Tenere 600 90; Torn 06; XT66 08; Falc 06; Torn 05; Fazer250 05; XT66 05; Falc 01; Falc 08; XT66 08; G650GS 10; F800GS 10
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