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1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - RELATOS CONCLUÍDOS - Versão para Impressão +- Sahara Maniacos (http://www.saharamaniacos.com.br/forumn) +-- Fórum: MOTO GRUPO SAHARA MANÍACOS DO BRASIL (http://www.saharamaniacos.com.br/forumn/forumdisplay.php?fid=6) +--- Fórum: Diário dos Maníacos (as) aventureiros (as) (http://www.saharamaniacos.com.br/forumn/forumdisplay.php?fid=20) +--- Tópico: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - RELATOS CONCLUÍDOS (/showthread.php?tid=3073) |
Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - nelsonbad32 - 09-01-2011 Dia 27 - 11/10/2010 - San Pedro de Atacama-CH à Iquique-CH - 524 Km Acordamos por volta das 07:00 hrs, o Tatá e o Pânico que iriam com a gente até Calama, já tinham avisado que não iriam, tinham que fazer uma manutenção na XT do Tatá, que estava com um fio rompido no chicote (farol) e a placa tinha caído, também curtiram a noite até a madrugada (nem vi a hora que chegaram). Café tomado e, pouco depois das 07:30 hrs já estávamos na estrada, ainda tirei algumas fotos do Valle de la Muerte e seguimos para Calama, achamos facilmente um posto de gasolina (graças ao GPS), mas não tinha banheiro, fomos até outro, mas o banheiro era horrível, eu usei, mas as mulheres ficaram na vontade. Seguimos para Chuquicamata e fotografamos de longe, não havia tempo para uma visitação, depois seguimos para Tocopilla, com paisagens de tirar o fôlego, asfalto perfeito e muitas curvas, cruzamos a Ruta 5 (que atravessa todo Chile, de Norte a Sul), e logo começamos a descer para Tocopilla, foram praticamente 1.000 metros de altitude em 17 quilometros, é descida e curva que nunca vi igual. Chegamos em Tocopilla, tiramos alguma fotos à beira do Pacífico e fomos procurar um local para comer, ainda era muito cedo e não achamos nada agradável, resolvemos seguir para Iquique, logo na saída da cidade, passou pela gente duas Suzuki V-Strom 650, com placas dos Estados Unidos, era um senhor, na faixa de uns 50 anos e um rapaz, com idade na faixa de 20 anos, acredito serem pai e filho, as motos iguais e bem equipadas, inclusive com baús laterais. Resolvi acompanhá-los, e fui filmando boa parte do trecho, em que a estrada fica espremida entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes, o visual deslumbrante, e as curvas, uma delícia, com asfalto perfeito. Só que os carros não estavam conseguindo acompanhar a gente, resolvi deixá-los ir e diminuir a velocidade, esperando os carros chegarem, logo mais à frente, tinha um bom local para parar e o fizemos, para tirar algumas fotos do Pacífico. Resolvi deixar o Barbosa pilotar uma pouco a motoca nessa maravilha de paisagem, mas não deu muito certo, o capacete que já estava avariado, devido ao Magno tê-lo derrubado próximo das Lagunas Menisque / Miscanti e por ter perdido uma das travas, acabou por soltar a outra trava, ao cruzar com um caminhão na rodovia (ainda fiquei zoando o Barbosa, falando que ficou olhando para o motorista). Paramos, retornamos e começamos a procurar a trava, com muita sorte, acabei por encontrá-la, na areia, ao lado da estrada (em uma baixada), mas ela tinha estragado duas das quatro travinhas existentes, dessa forma, ficou inoperante, guardei a trava e fizemos um improviso com dois "enforca gatos". Logo mais à frente paramos para almoçar no Restaurante Choza de los Lobos, que delícia de comida, nos fartamos de frutos do mar, comi um monte de corintiano (fruto o mar de nome "Locos". rsrsrsrsrsrs) e quase explodi para conseguir comer tudo, mas acabei vencendo meu prato. Tiramos mais algumas fotos e seguimos viagem, as paisagens continuavam magníficas, Pacífico de um lado e Deserto do outro, e o vento... muito vento, eu com o capacete ruim, mas ia levando sem problemas, era só manter o ângulo certo, que a pala se mantinha estável, em algumas situações, segurava a pala com a mão esquerda. Dessa forma, chegamos em Iquique, todo mundo ficava olhando aqueles carros adesivados, e a moto carregada entre eles, falei para todos colocar os óculos de sol, que eram meus seguranças. huahuahuahuahua. Seguimos até a Zona Franca de Iquique, mas estava tudo fechado, era feriado nacional, aí começou as cabeçadas da equipe Barbosa piloto e Magno navegador, retorno onde não podia, rua contra-mão, praticamente não tinha movimento na cidade, mas não dá para ficar fazendo essas barbeiragens, depois de umas broncas, começaram a andar certo e olhar as placas ao invés se seguir cegamente o que o GPS indicava. Daí foi outra saga para encontrar o Hotel, já tinham definido em San Pedro os possíveis hotéis que ficaríamos hospedados, mas chegamos a dar três voltas no mesmo lugar e nada de achar o que queriam, me irritei, ultrapassei o carro e fui para uma rua transversal, onde tinha visto a placa de um hotel, gostamos do local e acabamos ficando hospedados no Hotel Riorsa, mas o Barbosa ainda foi ver uma cabanas a beira da praia, mas não gostou. Depois de tomar um banho, fomos para o Casino, ganhei uns trocados, andamos no calçadão a beira da praia, vimos alguns peixes, jacarés e lhamas, em seguida fomos para um Supermercado, tínhamos decidido fazer um lanche ao invés de jantar, visto que o almoço foi muito reforçado. ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - Henrique Lemos - 10-01-2011 Nelson e sua 66, dois valentes guerreiros, parabéns por mais esta bela viagem, as fotos estão muito bonitas. Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - nelsonbad32 - 10-01-2011 Henrique Lemos Escreveu:Nelson e sua 66, dois valentes guerreiros, parabéns por mais esta bela viagem, as fotos estão muito bonitas. Beleza Henrique. Aos poucos, vou escrevendo e postando aqui. Acho que amanhã a XT muda de dono, com certeza sempre foi uma guerreira, nunca me deixou na mão, foram 60.000 km rodados em 1 ano e meio. Abraços. Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - cris vinhedo - 11-01-2011 Caracas, cada dia mais especial!!!! Que viagem dos sonhos!!! Parabéns querido e haja BUTTTT!!!!rsrsrsrsrs Beijos Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - Cibele - 17-01-2011 que linda viagem Nelson, parabéns! As fotos estão lindas e dá uma vontadona de colocar o pé na estrada também!!!! Super abraço e bons ventos sempre! Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - nelsonbad32 - 22-03-2011 Valeu Cris e Cibele. Já escrevi mais alguns dias, estou postando. A XT foi embora, mas no segundo semestre de 2012 comprou outra para uma nova empreitada internacional. Por enquanto estou com duas Falcons, uma Prata 2001 (que peguei na troca com a XT) e uma Vermelha 2008 que comprei de um amigo, logo coloco a Prata a venda. Abraços. Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - nelsonbad32 - 22-03-2011 Dia 28 - 12/10/2010 - Iquique-CH à Putre-CH - 450 Km O Barbosa queria sair cedo e tomar o café da manhã na estrada, argumentei que não, pois o café da estava pago (incluso na diária) e muito cedo o frio era complicado, também não rodaríamos muito naquele dia, pois o plano era rodar apenas 300 km até Arica. Acordei por volta das 08:00 hrs e arrumei rapidamente as coisas, tivemos que aguardar até às 08:30 hrs para chegar o pão e tomamos um café da manhã simples, mas suficiente, ainda fui em uma Lan House em frente ao hotel e informei minha localização no blog. Apanhamos um pouco para sair de Iquique, mas logo pegamos a rodovia, que paisagem linda, uma imensa duna e a cidade lá em baixo, parei diversas vezes para fotografar, depois ainda parei em um local que usam para saltar de paraglide, tudo muito show. Depois disso, acelerei forte para ir buscar o pessoal de carro, atravessei a localidade chamada Hospício (deve ser ótima para comer "Loco" rsrsrsrs), e logo encontrei com eles me esperando à beira da rodovia, seguimos adiante, por paisagem bem repetitiva, e logo chegamos em Humberstone, que beleza de visitação, é uma verdadeira viagem no tempo, caminhar naquelas ruas, imaginando as pessoas que ali viveram, entrar nas casas, ver os utensílios da época, até fizemos uma brincadeira de duelo, dia das crianças e incorporamos bem o papel. huahuahuahuahua A partir de Humberstone, passei a motoca para o Magno e fui de carro, o vento ia aumentando e a preocupação quanto abastecimento era grande, nada de posto de gasolina no trajeto. Dessa forma seguimos até Cuya-CH, no vale de Camarones, o Magno apanhando muito da pala do capacete, ela abaixava e cobria toda a visão, tinha que pilotar naquele vento fortíssimo, com apenas uma mão, a outra ia segurando a pala. Em Cuya, fomos em um restaurante, mas não havia mais comida, acabamos comendo um lanche de carne, em uma lanchonete do outra lado da rodovia, enquanto isso, fui até a polícia perguntar sobre combustível, mas não havia para vender naquela localidade, somente em Arica, com aquele vento frontal a moto não teria autonomia para chegar até o próximo posto, os carros também não tinham muito, mas dava para tirar um pouco, eu levava comigo mangueira e garrafa, subimos com o carro em um monte de pedras (para ele ficar inclinado) e consegui tirar dois litros de gasolina, que pensei serem suficientes. Depois de abastecer a motoca, o Barbosa e o Magno fizeram uma gambirra no capacete, amarrando a pala para trás com um fio elétrico, impedindo que ela voltasse a cair para frente, continuamos para Arica, com um sobe e desce daqueles e muito vento, paisagens lindas, muito deserto, mas muita vida nos vales, muitas plantações nas áreas mais baixas. Os dois litros não foram suficientes, a moto começou a falhar, rapidamente retiramos mais dois litros e seguimos viagem, chegamos em Arica e o calor estava muito forte, abastecemos a motoca e os carros e fomos para o Mercado Municipal, compramos algumas coisas (tomates, azeite, etc) e resolvemos ir para Putre naquele mesmo dia, apesar de não ter saído muito cedo, o dia estava rendendo bastante, também queríamos fazer uma visita em alguma fazenda de oliveiras (árvore produtora de azeitona) e seguimos para o Vale de Azapa. Não estávamos encontrando nada para visitação e já estava ficando sem paciência, mas o Renato insistiu e encontrou uma ótima fazenda, em que o proprietário nos recebeu muito bem, mostrou a fazenda, explicou o processo de produção das azeitonas, os cuidados com as árvores centenárias (tem árvore com mais de duzentos anos produzindo), realmente a visitação foi show e ainda ganhamos um monte de azeitonas pretas enormes e mais alguns tomates. Seguimos em frente, analisando o mapa do GPS, vi que tinha duas opções de estrada, uma com mais curvas (que era a recomendada pelo GPS) e outra, com menos curvas e, aparentemente mais curta, informei para o Barbosa e decidimos seguir pela mais curta, esse trecho foi uma emoção sem igual, no início a rodovia era asfaltada, mas logo ele acabou e deu lugar ao rípio, a estrada era muito estreita e com abismo ao lado, o Barbosa morrendo de medo e eu louco de vontade de estar pilotando minha motoca, mas não achei justo, o Magno já tinha pilotado até aqui e seria muita sacanagem pegar a moto de volta no "melhor trecho". rsrsrsrsrsrs. Enquanto a estrada tradicional descia e subia a Cordilheira, essa se mantinha no topo, passando ao redor das montanhas, com paisagens de tirar o fôlego, apesar da grande quantidade de pedras, os Suzukinhos se mantiam valentes e o Magno seguia na frente, curtindo muito aquele off road nas alturas. Logo voltamos a rodovia principal, que faz a ligação entre Chile e Bolívia, e fizemos incontáveis ultrapassagens à carretas com combustível (a Bolívia não tem refinaria de petróleo, toda gasolina comercializada no país vem do Chile), quanto mais subíamos, mais o frio ia apertando, mas já estávamos próximos de Putre, até paramos em um mirante para tirar fotos e, logo mais à frente, fiquei apreciando um desvio que haviam feito, tirando o trânsito de um paredão de rochas (devido os deslizamentos de pedras). Já bem próximo de Putre, começou a fazer barulho de pingos de chuva, mas não molhava, pensei... deve ser granizo, logo que chegamos na cidade, o granizo veio com força, mas era bem diferente do que cai por aqui, era branco e redondo, parecia neve, ficamos brincando com o granizo, e já percebi que ia piorar minha garganta, que já estava começando a incomodar. Vimos um bom hotel, mas não chegamos a um acordo financeiro, também não tinham cozinha disponível e o plano naquele dia era fazer um jantar, rodamos mais um pouco e encontramos um belo hostel, ficamos no Hostal Pachamama, ótimo e por um preço muito bom. O Barbosa fez uma ótima macarronada, ao molho de azeitonas, com queijo, e tomamos várias cervejas e vinhos, foi uma noite muito agradável, mas a sequencia foi difícil, a garganta piorou feio, as pastilhas que tinha levado não faziam efeito, durmi muito mal a noite e decidir ir ao médico no dia seguinte. ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - nelsonbad32 - 23-03-2011 Dia 29 - 13/10/2010 - Putre-CH (Parinacota) à Arica-CH - 145 Km Acordei por volta das 08:00 hrs, tomei um belo café da manhã, com omelete e azeitonas pretas (comi tanta azeitona que vou ficar um bom tempo longe delas) e fui em busca do posto de saúde. Rapidamente o localizei, ficava bem próximo do Hostel e não estava muito cheio, expliquei minha situação e falaram para aguardar, logo o Barbosa e a Vanete chegaram, falaram que iam fazer um passeio na cidade e retornariam em meia hora, logo fui chamado para a consulta médica, fui muito bem examinado, consegui me comunicar bem com o médico, apesar da dificuldade com o idioma. O atendente me informou que os procedimentos eram gratuitos para chilenos, mas era cobrado para os extrangeiros, falei que tudo bem, o custo ficou em 10.000 pesos (coisa de R$ 38,00), a consulta, duas injeções e remédios que foram fornecidos no próprio posto de saúde, ou seja, ficou barato, mesmo assim peguei a nota fiscal dos procedimentos e consegui o reembolso pelo plano de saúde internacional que havia feito pelo período da viagem. Ao sair do posto de saúde, já encontrei com toda a galera, já estavam prontos para seguirmos para Parinacota, desta vez a motoca ficou descansando no Hostel Pachamama (do lado de fora, não há garagem no hostel), pegamos a rodovia, que segue em direção a fronteiro com a Bolívia e fomos subindo... subindo... subindo... o dia estava lindo, quanto mais subia, mais ia esfriando e a paisagem ia mudando rapidamente, apesar de existir água, a vegetação era bem rasteira, devido ao frio e aos fortes ventos. Vimos Lhamas bem de pertinho, ao lado da estrada, depois vimos um grande rebalho pastando ao lado de um curso d´água, paramos tirar fotos e o Renato descobriu como se comunicar com elas, começou um grito, tipo Tarzan, LHAAAAAAAAAAMAAAAAAAAAAA, elas entenderam, acho que pensaram ser o seu dono chamando e foram embora, seguindo o curso d´água, o Renato sem fôlego e a gente morrendo de rir. Um pouco mais adiante, paramos em um mirante, com uma paisagem linda, também tinha estrutura metálica enorme, que lembra aquela gaita dos peruanos, mas ela toda de tubos fechados, se fossem abertos, acho que produziriam um som muito forte, com os ventos de lá. Seguimos em frente e logo chegamos a Vila de Parinacota, ficamos um pouco lá, tiramos fotos da igreja, eu estava meio zureta da altitude, achei engraçado o banheiro, era uma cabine, era pago, mas vc pagava quanto quiser, não tinha um preço fixo, só uma caixinha para recolher os pagamentos. Eu comprei uns cartões postais e os demais compraram algumas lembranças, resolvemos seguir para a fronteira com a Bolívia, mesmo sabendo que os carros não poderiam sair do Chile (carros alugados apenas para uso em território nacional), passamos por uma guarita que parecia ser a Aduna e não fomos parados, seguimos em frente, mas logo o transito estava parado, devido a obras, ficamos um tempo por ali, brincando com as gaivotas, fotografei e filmei sua luta por alimento, era muito bonito aquele grande grupo de aves, pousando, levantando vôo e disputando os pequenos pedaços de banana e pão que o Barbosa jogava pela janela do carro. Já cansados de esperar a liberação do trânsito e com fome, resolvemos retornar, logo paramos em local muito aconchegante, às margens do Lago Chungará, onde tem algumas mesas e bancos de madeira, além de uma pequena "venda", onde comprei bolachas, pipoca e suco, a galera trouxe mais coisas do carro, pão, refrigerante, AZEITONAS, frutas e começamos nosso pic nic, tinha um cara sozinho na mesa ao lado e o chamamos para comer com a gente, ele aceitou e também trouxe algumas frutas, ficamos conversando, o nome dele é Dikrán P. Lutufyan, é de Buenos Aires e estava de férias, alugou um carro estava rodando pela Bolívia e Chile, já conheçe o Brasil e todos os anos faz isso, aproveita suas férias para conhecer os países vizinhos, fizemos mais um amigo. Também ficamos observando os pássaros em busca de alimento, qualquer migalha que caia da nossa mesa, era motivo para uma revoada de pequenos pássaros, também existiam as gaivotas, em pequeno número, mas não demos muita bola para elas. Começamos nosso retorno, muito felizes por conhecer um lugar tão maravilhoso, apreciando aquelas paisagens deslumbrantes, chegando em Putre ainda fomos tentar trocar uns dolares na agência bancária, mas naquele momento não estavam fazendo câmbio, dessa forma resolvemos deixar para trocar dinheiro em Arica. Voltamos para o Hostel rapidamente arrumamos nossa bagagem, dessa vez eu voltei pilotando a motoca, saindo da cidade já acelerei forte porque queria aproveitar aquelas curvas e fiquei aguardando os carros no entroncamento com a rodovia, logo chegaram e seguimos em frente, um pouco adiante chegamos no desvio que tinha visto no dia anterior, não pensei duas vezes, atravessei o monte de terra que impedia o acesso a esse trecho de rodovia e passei no meio do paredão de rochas, a estrada estava cheia de pedras, decorrente dos pequenos deslizamentos e dava um medo enorme estar no meio daqueles colossos de rocha e com esse cenário de desolação e abandono, mas isso é o que eu queria, tirei algumas fotos e segui adiante, ainda tive que passar por uma valeta para sair desse "trecho proibido" da rodovia. Continuamos com destino a Arica, ainda vimos acidente na pista e passamos pelo trecho que tínhamos evitado no dia anterior, com certeza é mais longo que o feito no dia anterior, mas as paisagens são de tirar o fôlego, descemos e subimos uma "quebrada" enorme, como nos sentimos pequenos diante da imensidão da natureza, filmei boa parte desse trecho, o asfalto se destacava naquele mundo de areia. Em certo ponto, resolvemos pegar uma estrada lateral, que nos levaria novamente ao Vale de Azapa (se continuássemos reto, também sairia em Arica), eu seguia na frente e resolvi pegar uma "trilha" ao lado da rodovia para tirar umas fotos, a areia era bem compacta e a moto subiu sem problemas, mas tem que ficar muito atento pois a inclinação é enorme, essa trilha é só para veículos 4x4 e, qualquer vacilo, o capotamento é certo, dessa forma parei, fotografei os carros e a paisagem, fiz uma manobra rápida e voltei para a rodovia, logo chegamos no Vale de Azapa (trecho que já tínhamos passado na ida) e rapidamente estávamos em Arica. Paramos no mesmo posto do dia anterior e, dessa vez, não necessitei de gasolina sobressalente, a motoca fez 285 km com 13,1 litros, ou seja, quase 22 km/l uma média excelente, tudo isso graças a ótima "tocada" que o Magno tinha feito no dia anterior. O Barbosa e o Magno ficaram com saudades das "cabeçadas" em Iquique e resolveram fazer de novo, estávamos indo em direção ao centro e, do nada, eles fazem uma conversão proibida, eu e o Renato fizemos também e ficamos olhando um para a cara do outro, "vai começar de novo", rsrsrsrsrs, não deu outra, chegamos na rotatória e eles voltaram para o mesmo lugar que estávamos indo, eu olhava para a cara o Renato e dava risada, vamos seguindo os "perdidos". hahahahahahaha Em Arica, fomos para o centro, eu precisa trocar dinheiro e comer, acabei me perdendo do pessoal, mas sabia onde tinham estacionado os carros, comi um lanche no Mac Donalds, fui em uma cabine ligar para a família e fiquei esperto com a rua, assim que vi eles passarem, terminei minha ligação, paguei e fui correndo ao encontro deles. Procuramos algum hotel na área central, mas nada, não gostamos de nada, resolvemos ir para Praia de Chinchorro verificar um hotel que havia sido pesquisado anteriormente. Chegamos no Hotel Bahia Chinchorro e, após uma longa e difícil negociação por parte do Renato, conseguimos um preço razoável, pegamos uma quarto quádruplo e um quarto triplo e saiu a faixa de 13.000 pesos a diária por pessoa (eles queriam me cobrar 25.000 pesos por um quarto single). Ficamos ali no hotel mesmo, jogando cartas e pedimos umas pizzas. ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - Brochadinha - 23-03-2011 Nossa Nelson!!!! Que nostalgia essas fotos me deram!!!!!! Estava olhando e ainda disse alto NOSSA! para as fotos da mina, Tocopilla... vixe! Olha, passeio/challenge fantástico. Parabéns! Re: 1º Rally Sertões-Dakar do Mundo - Atlântico ao Pacífico 2010 - nelsonbad32 - 28-03-2011 Brochadinha Escreveu:Nossa Nelson!!!! Oi Brochadinha. Que bom que está gostando. Ainda tenho muito para escrever e muitas fotos para postar, mas a vida anda muito corrida e tenho que estar com a cabeça livre de problemas / preocupações para lembrar dos fatos ocorridos. Utilizo minhas planilhas e as fotos para ajudar a recordar. Abraços. |